Eddie, de “Stranger Things”, é inspirado em caso sinistro da vida real: conheça a história

Um dos personagens que conquistou o público na 4ª temporada de “Stranger Things” é Eddie Munson (Joseph Quinn), o estudante líder do Hellfire Club e amigo de Dustin (Gaten Matarazzo), que é injustamente acusado pelas mortes de Chrissy (Grace Van Dien) e Patrick (Myles Truitt). Na trama, os moradores de Hawkins desconfiam que o personagem é líder de uma “seita satânica” — quando, na verdade, os adolescentes são mortos pelo vilão Vecna (Jamie Campbell Bower).

Curiosamente, Eddie é inspirado em um evento real ocorrido nos anos 1990 nos Estados Unidos, que ficou conhecido como “Os Três de Memphis”. Conheça a história abaixo!

História de Eddie, de “Stranger Things”, é inspirada em eventos reais

Eddie (Joseph Quinn) em
Divulgação/Netflix

Em “Stranger Things”, a história de Eddie é inspirada no que aconteceu com Damien Echols. Em 1993, três crianças desapareceram em um bairro da cidade de West Memphis, no estado de Arkansas, nos Estados Unidos. Seus corpos foram encontrados um dia depois.

Devido à violência ocorrida, os moradores do lugar começaram a desconfiar de uma “seita satânica”. As suspeitas, então, caíram sobre Damien Echols, um jovem gótico que vivia por perto. Sem qualquer prova ou evidências de DNA, a polícia prendeu o rapaz, seu melhor amigo, Charles Jason Baldwin, e um terceiro adolescente, Jessie Misskelley.

Os três seguiram para julgamento: Charles e Jessie foram condenados à prisão perpétua, e Damien, visto como “líder da seita”, teve pena de morte decretada.

Após anos, o caso da promotoria foi por água abaixo. Testemunhas retrataram as suas declarações, especialistas disseram que depoimentos foram obtidos após pressão das autoridades, e até mesmo a polícia foi acusada de destruir evidências cruciais para a resolução do crime.

Em 2011, Damien, Charles e Jessie adotaram uma estratégia curiosa para ficarem livres da prisão: se declararam culpados em troca de liberdade condicional. O plano deu certo e “Os Três de Memphis” deixaram o cárcere. Desde então, o trio defende a sua inocência e continua em busca de provas para serem, de fato, livres.

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