Aileen Wuornos é considerada a rainha das serial killers em documentário que reconstrói sua trajetória na Netflix
Aileen Wuornos, uma das serial killers mais famosas e temidas da história dos Estados Unidos, ganhou destaque em documentário da Netflix. Intitulada “Aileen: A História de Uma Serial Killer”, a produção acompanha toda a trajetória da criminosa, condenada à pena de morte, dos abusos na infância às revelações no corredor da morte, com foco em seus crimes e desdobramentos.
Saiba quem foi a criminosa!
Quem foi Aileen Wuornos? Conheça a história da serial killer
Nascida em fevereiro de 1956, em Michigan, nos Estados Unidos, Aileen foi a décima mulher condenada à pena de morte. Os pais, que eram adolescentes na época, se separaram antes mesmo dela vir ao mundo, com forte histórico de problemas mentais.
Leo Dale Pittman, o pai, era um molestador e sociopata e a mãe, Diane Wuornos, abandonou Aileen aos seis meses, assim como o irmão, Keith, com quem teve relações incestuosas desde pequena. A história da serial killer, portanto, ficou marcada por um forte abandono.

Os dois, em seguida, foram adotados pelos avós maternos, momento em que aderiu ao nome Aileen Wuornos. Logo depois, a vida da jovem piorou drasticamente, afinal o avô era um alcóolatra violento, que a estuprava e espancava constantemente, gerando consequências desastrosas.
Quando tinha apenas onze anos, Aileen trocava favores sexuais na escola por cigarros e comida. Aos treze anos, prenderam seu pai por assediar uma menina de apenas sete anos. Ele se enforcou na cadeia. Menos de um ano depois sua avó morreu por insuficiência hepática.
Gravidez e relacionamentos de Aileen Wuornos
Aos quatorze, Aileen engravidou após sofrer estupro por um amigo do avô e foi expulsa de casa. O bebê nasceu em uma casa de apoio a mães solteiras em 1971, sendo encaminhado para a adoção, enquanto a futura serial killer abusava das drogas e se prostituía para ganhar dinheiro.
Conhecida como Lee, e casou com um homem de 69 anos chamado Lewis Fell, quando tinha vinte, em relação que durou apenas nove semanas. O marido pediu o divórcio após sofrer agressão de Aileen com a própria bengala. Usando nomes falsos, ela teve vários relacionamentos fracassados.

Nesse meio tempo, Aileen começou a se tornar um problema para a polícia, com direito a identidades falsas, roubos e assalto a mão armada, conduta inadequada, direção embriagada e disparos com uma arma calibre 22 de um veículo em movimento como alguns dos delitos.
Depois de voltar para a prostituição, Aileen foi presa em 1986, quando um de seus clientes alegou à polícia que a criminosa optou por ameaçá-lo com uma arma, exigindo dinheiro. No mesmo ano, passou a frequentar bares homossexuais, onde conheceu Tyria Moore.
Crimes cometidos por Aileen Wuornos
Aileen saiu com Richard Mallory, um de seus clientes, de 51 anos, no final de 1989. De acordo com a versão dela, o homem teria ido para um local isolado, após o programa sair do controle, cometendo estupro e ameaça de morte.
Alegando legítima defesa, Aileen atirou no cliente três vezes com seu revólver calibre 22. Em seguida, enrolou o corpo em um tapete e o abandonou em uma clareira isolada. Encontraram o carro, posteriormente, em Ormond Beach.
Depois de doze dias, a polícia localizou o corpo da primeira vítima, em um estado avançado de decomposição. Aileen teria compartilhado sobre o assassinato com Tyria, que se recusou ao ouvir os detalhes, disposta a não fazer parte disso.

No ano seguinte, Aileen fez outras seis vítimas – todas do sexo masculino – sempre matando com tiros à queima roupa. Os corpos sempre eram deixados na beira da estrada, enquanto os carros localizados em outros lugares, mais distantes.
As outras vítimas foram David Spears, 43 anos, Charles Carskaddon, de 40 anos, Troy Eugene Burress, de 50 anos, Charles Richard “Dick” Humphreys, de 56, e Walter Jeno Antonio, de 62. As autoridades, como resultado, já desconfiavam de uma serial killer.
Os bancos do motorista de todos os carros encontrados estavam sempre puxados para frente, identificando um padrão, que permitiu a polícia chegar mais perto da responsável. Em julho de 1990, duas mulheres se envolveram em um acidente de carro e o abandonaram antes de chegar ajuda.
Como capturaram Aileen Wuornos
As autoridades descobriram que o veículo pertencia a Peter Siems, desaparecido há cerca de um mês, ouvindo algumas testemunhas, que descreveram Aileen e Tyria. Em janeiro de 1991, um policial disfarçado localizou a criminosa, presa como suspeita.
Os colegas foram, então, atrás de Tyria, que fugiu para a casa da mãe, na Pensilvânia, ao ver seu retrato falado na televisão. No entanto, temendo condenação como cúmplice dos crimes de Aileen, a namorada dividiu tudo o que sabia e prometeu arrancar confissão.

Em janeiro do mesmo ano, Aileen confessou os sete assassinatos, em ligação com a amada, inocentando Tyria. A crimonosa alegou que todos os assassinatos aconteceram por legítima defesa, mas o júri não comprou essa versão de defesa, alegando que o motivo seria financeiro ou o prazer de matar.
Depois do depoimento de Tyria no tribunal, Aileen desistiu de negar algumas acusações, mas não recebeu pena pelo assassinato de Peter, que não teve o corpo encontrado. A serial killer, porém, recebeu pena de morte, chegando a falar que era alguém que “odeia seriamente a vida humana e mataria novamente”, além de que voltaria depois de sua morte, acompanhada por Jesus e sua nave-mãe.
Aillen foi executada com uma injeção letal na prisão estadual da Flórida, em 9 de outubro de 2020, aos 46 anos. Mesmo na época, muita gente defendia a assassina, acreditando em sua versão baseada em legítima defesa.
O documentário com a história real está disponível na Netflix.

