Susan em "A Vizinha Perfeita" (Crédito: Reprodução/Netflix)

Por que “A Vizinha Perfeita” está fazendo tanto sucesso na Netflix

“A Vizinha Perfeita”, documentário real e chocante da Netflix, se tornou um grande sucesso em poucos dias

“A Vizinha Perfeita”, documentário que chegou recentemente à Netflix, ganhou rápida repercussão e despontou no ranking de títulos mais assistidos do momento no streaming. A sinopse acompanha a história de um assassinato incomum que ocorreu nos Estados Unidos, em junho de 2023, após uma briga entre vizinhas.

Entenda o sucesso!

“A Vizinha Perfeita” na Netflix: entenda o sucesso por trás

História real de “A Vizinha Perfeita”

A sinopse por trás de “A Vizinha Perfeita” foi o que primeiro atraiu os assinantes da Netflix, sobretudo por contar a história de duas vizinhas – Susan Lorincz e Ajike Owens – que mantinham uma grande rivalidade. Tudo aconteceu na cidade de Ocala, na Flórida, nos Estados Unidos.

Em junho de 2023, Susan Lorincz, de quase 60 anos, agrediu o filho de Ajike Owens, proferindo xingamentos de cunho racista. Aj, como era conhecida, tinha 35 anos e era mãe solteira de quatro filhos, que também foram vítimas dos comentários maldosos da vizinha.

Susan em "A Vizinha Perfeita"
(Crédito: Reprodução/Netflix)

Na ocasião, Susan teria arremessado um patins no garoto, que relatou a situação para a mãe. Quando Aj bateu na porta da vizinha para questionar, foi atingida, em surpresa, com um tiro no peito que atravessou a porta e a matou no momento.

Impacto visual de “A Vizinha Perfeita”

A maior parte do documentário foi montada usando imagens brutas e reais capturadas pelas câmeras corporais dos policiais (bodycams). Todos responderam aos incidentes entre as vizinhas ao longo de dois anos – em disputa envolvendo crianças, barulho e reclamações.

O recurso, portanto, proporciona ao espectador a sensação de estar “dentro” da cena, testemunhando a escalada do conflito. A ausência de filtros ou reconstruções dramáticas aumenta a tensão e o realismo. “A Vizinha Perfeita”, além disso, traz gravações de emergência e câmeras de segurança.

“A Vizinha Perfeita” (Crédito: Reprodução/Netflix)

True Crime de alta qualidade

A Netflix já possui um público consolidado para documentários de True Crime. “A Vizinha Perfeita” atende a essa demanda com uma narrativa de alta tensão, bem como abordagem visual inédita, que o diferencia de outros títulos do gênero que também se destacaram.

Através do crime brutal, o documentário mostra como conflitos aparentemente pequenos podem escalar para uma tragédia. “A Vizinha Perfeita”, por outro lado, não é apenas sobre o assassinato em si, mas sobre a investigação, o impacto na comunidade e o debate social e legal que o crime gerou.

“A Vizinha Perfeita” gerou debate social e político

O caso real por trás do documentário toca em questões sensíveis e divisivas nos Estados Unidos, promovendo, eventualmente, debates profundos sobre segurança, armas, justiça racial e o limite da convivência em sociedade.

O crime ocorreu após Susan Lorincz, uma mulher branca, atirar em Ajike “AJ” Owens, uma mulher negra e mãe de quatro filhos, por trás da porta. O caso levanta discussões sobre disparidades raciais na justiça e quem é percebido como “ameaça” pela polícia e pela lei.

“A Vizinha Perfeita” (Crédito: Reprodução/Netflix)

O documentário, como resultado, também expõe o polêmico debate sobre a lei “Stand Your Ground”, que permite o uso de violência em casos de defesa pessoal. A longa demora na prisão de Susan, enquanto a polícia investigava sua alegação de legítima defesa, gerou revolta e discussões que o filme traz à tona.

100% de aprovação da crítica

“A Vizinha Perfeita” obteve 100% de aprovação no Rotten Tomatoes, na média das 64 primeiras avaliações de críticos, que destacam a boa construção do enredo, tensão constante e reviravoltas bombásticas como principais motivos.

“É um filme duro, muito duro, intenso, carregado de terror, angustiante e absolutamente de cortar o coração. Mas é tão vital quanto a produção de documentários pode ser”, elogiou John Serba, do Decider. “É um documentário envolvente e singular sobre crimes reais que, mais ou menos na metade, se transforma em um dos filmes mais angustiantes que já vi”, reforçou Jonathon Wilson, do Ready Steady Cut.

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