Morre cineasta Cacá Diegues, aos 84 anos: foi um dos fundadores do Cinema Novo

Cacá Diegues, um dos maiores cineastas brasileiros e fundador do movimento Cinema Novo, faleceu aos 84 anos

Cacá Diegues morreu na madrugada de sexta-feira (14), aos 84 anos, deixando um marco significativo na história do cinema brasileiro. Fundador do Cinema Novo, movimento que revolucionou a cinematografia nacional, ele teve uma carreira rica, repleta de filmes marcantes que abordaram temas sociais e culturais do Brasil. A causa da morte ainda não foi divulgada.

Com uma trajetória que começou na década de 1960 e se estendeu até 2018, ele conquistou sucesso tanto no Brasil quanto internacionalmente. A morte de Cacá representa a perda de um dos grandes ícones do cinema mundial, que ajudou a consolidar o Brasil no cenário global do cinema.

Relembre a carreira de Cacá Diegues, que morreu aos 84 anos

(Crédito: Divulgação/Globo)

Carlos José Fontes Diegues, mais conhecido como Cacá Diegues, nasceu em Maceió, no dia 19 de maio de 1940. Sua carreira foi um marco na história do cinema brasileiro, e ele é amplamente reconhecido por ser um dos fundadores do movimento Cinema Novo, movimento cinematográfico inovador que nasceu no final dos anos 1950 e contou com nomes como Glauber Rocha e Leon Hirszman.

Desde seus primeiros passos no mundo do cinema, Cacá se destacou não apenas pela sua obra, mas também pelo engajamento político, principalmente durante o período da ditadura militar, quando, com a promulgação do AI-5, ele e sua primeira esposa, a cantora Nara Leão, se exilaram na Itália e na França.

(Crédito: Divulgação/Cacá Diegues)

Cacá iniciou sua trajetória no cinema em 1961, com o curta “Domingo”, e em 1962, dirigiu seu primeiro trabalho solo no filme “Cinco Vezes Favela”. Nos anos seguintes, produziu algumas das obras mais importantes do Cinema Novo, destacando-se com títulos como “Xica da Silva” (1976), “Chuvas de Verão” (1978) e “Bye Bye Brasil” (1979). Esses filmes ajudaram a consolidar sua posição como um dos grandes nomes do cinema nacional. Em 1981, foi jurado no Festival de Cinema de Cannes, um reconhecimento internacional de sua importância na indústria cinematográfica.

Após o fim do casamento com Nara Leão, com quem teve dois filhos, Isabel e Francisco, Cacá se casou novamente, desta vez com a produtora Renata Almeida Magalhães, em 1981, com quem teve a filha Flora, que morreu em 2019 Flora Diegues, que morreu em 2019, vítima de um câncer no cérebro.

Mesmo em um período de crise no cinema brasileiro nos anos 1980, Cacá continuou a produzir filmes relevantes, como “Um Trem para as Estrelas” (1987) e “Dias Melhores Virão” (1989).

Nos anos seguintes, Cacá teve grandes sucessos de público, como “Tieta do Agreste” (1996) e “Deus é Brasileiro” (2003), com esses filmes sendo indicados ao Oscar. Com sete candidaturas ao prêmio, ele se tornou o cineasta brasileiro com o maior número de indicações. Em 2018, um reconhecimento de sua trajetória chegou com sua entrada na Academia Brasileira de Letras.

Cacá Diegues deixa um legado inestimável para o cinema brasileiro e internacional. Ele também deixa três netos e será lembrado por seu trabalho apaixonado e pela luta por um cinema que refletisse a realidade e os desafios sociais do Brasil. Sua morte, embora sem detalhes sobre a causa, representa uma perda irreparável para a cultura e a arte brasileira.

(Crédito: Divulgação/Cacá Diegues)

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