Inspirado em história real, “Assassino por Acaso” acompanha Gary Johnson, um assassino de aluguel disfarçado
“Assassino por Acaso”, filme que estreou cinemas brasileiros na quinta-feira (12), teve inspiração em uma história real. A trama segue fatos revelados pelo jornalista Skip Hollandsworth em artigo, publicado em 2021, para a revista norte-americana Texas Monthly. Conheça!
“Assassino por Acaso”: filme é inspirado em história real
No filme, Gary Johnson (Glen Powell) é o assassino profissional mais procurado de Nova Orleans. Contudo, para os seus clientes, Gary passa como um assassino de aluguel comum, mas trabalha para a polícia.
Como parte do seu trabalho, Gary investiga a vida daqueles que o contratam para matar outra pessoa. O protagonista sempre seguiu a risca o protocolo do seu trabalho, até a chegada de uma mulher misteriosa.
Fugindo de um relacionamento abusivo, a vítima pede que o ajude com marido. Eventualmente, Gary se percebe apaixonado por ela e, como resultado, flerta com a possibilidade de ser um criminoso de verdade.
Com direção do cineasta cinco vezes indicado ao Oscar, Richard Linklater (“Antes do Amanhecer” e “Boyhood”), o filme teve inspiração no artigo de Skip Hollandsworth. A publicação segue o assassino mais procurado de Houston, Texas, que, da mesma forma que no filme, colaborava com a polícia.
Na década de 1990, Gary Johnson, disfarçado, fechou contratos para matar dezenas de pessoas e ajudou a prender mais de 60. De acordo com o artigo, o suposto criminoso da vida real teve uma vida “tranquila e rural” no no estado de Louisiana.
Além disso, Gary passou um ano no Vietnã, trabalhando como policial militar supervisionando comboios, recebendo oportunidade ao retornar aos EUA. Disfarçado, o colaborador fez alguns trabalhos se passando por um drogado em busca de drogas.
Apesar das oportunidades na polícia, Gary tinha o sonho de dar aulas no Ensino Superior, se mudando para Houston, em 1981, com o objetivo de cursar o doutorado em psicologia da Universidade de Houston. Por outro lado, o fato de não ter sido aceito contribuiu para conquistar emprego como investigador do Ministério Público.
Como Gary Johnson se tornou assassino de aluguel
Nesse meio tempo, Gary trabalhou para vários promotores, reunindo evidências e encontrando testemunhas para os julgamentos. Em 1989, uma técnica de laboratório, de 37 anos, tentou contratar um assassino de aluguel para matar seu marido. Ao tomar conhecimento, a polícia o encarregou de se passar por um.
A procura por assassino de aluguel se tornou recorrente e, como resultado, Gary assumiu vários casos. Ao se passar por um profissional apto a realizar o serviço, o informante colhia todos os detalhes por trás da motivação do crime e se encarregava de receber o pagamento.
O caso, onde conheceu a mulher por quem se apaixonou, interpretada por Adria Arjona (“Morbius” e “Andor”) no filme, foi relatado no artigo. A vítima tinha medo de deixar o marido, apesar de viver um relacionamento abusivo, que colocava em risco sua vida.
Em vez de armar para ela, como fazia com todos os contratantes, Gary a encaminhou para agências de serviços sociais para ajudá-la a sair da situação abusiva e ir para um abrigo para mulheres.