Filme de professor que se passa por assassino é inspirado em história real

Inspirado em história real, “Assassino por Acaso” acompanha Gary Johnson, um assassino de aluguel disfarçado

“Assassino por Acaso”, filme que estreou cinemas brasileiros na quinta-feira (12), teve inspiração em uma história real. A trama segue fatos revelados pelo jornalista Skip Hollandsworth em artigo, publicado em 2021, para a revista norte-americana Texas Monthly. Conheça!

“Assassino por Acaso”: filme é inspirado em história real

No filme, Gary Johnson (Glen Powell) é o assassino profissional mais procurado de Nova Orleans. Contudo, para os seus clientes, Gary passa como um assassino de aluguel comum, mas trabalha para a polícia.

“Assassino por Acaso” (Crédito: Netflix)

Como parte do seu trabalho, Gary investiga a vida daqueles que o contratam para matar outra pessoa. O protagonista sempre seguiu a risca o protocolo do seu trabalho, até a chegada de uma mulher misteriosa.

Fugindo de um relacionamento abusivo, a vítima pede que o ajude com marido. Eventualmente, Gary se percebe apaixonado por ela e, como resultado, flerta com a possibilidade de ser um criminoso de verdade.

Com direção do cineasta cinco vezes indicado ao Oscar, Richard Linklater (“Antes do Amanhecer” e “Boyhood”), o filme teve inspiração no artigo de Skip Hollandsworth. A publicação segue o assassino mais procurado de Houston, Texas, que, da mesma forma que no filme, colaborava com a polícia.

“Assassino por Acaso” (Crédito: Netflix)

Na década de 1990, Gary Johnson, disfarçado, fechou contratos para matar dezenas de pessoas e ajudou a prender mais de 60. De acordo com o artigo, o suposto criminoso da vida real teve uma vida “tranquila e rural” no no estado de Louisiana.

Além disso, Gary passou um ano no Vietnã, trabalhando como policial militar supervisionando comboios, recebendo oportunidade ao retornar aos EUA. Disfarçado, o colaborador fez alguns trabalhos se passando por um drogado em busca de drogas.

Apesar das oportunidades na polícia, Gary tinha o sonho de dar aulas no Ensino Superior, se mudando para Houston, em 1981, com o objetivo de cursar o doutorado em psicologia da Universidade de Houston. Por outro lado, o fato de não ter sido aceito contribuiu para conquistar emprego como investigador do Ministério Público.

Glen Powell em “Assassino por Acaso” (Crédito: Matt Lankes/Netflix)

Como Gary Johnson se tornou assassino de aluguel

Nesse meio tempo, Gary trabalhou para vários promotores, reunindo evidências e encontrando testemunhas para os julgamentos. Em 1989, uma técnica de laboratório, de 37 anos, tentou contratar um assassino de aluguel para matar seu marido. Ao tomar conhecimento, a polícia o encarregou de se passar por um.

A procura por assassino de aluguel se tornou recorrente e, como resultado, Gary assumiu vários casos. Ao se passar por um profissional apto a realizar o serviço, o informante colhia todos os detalhes por trás da motivação do crime e se encarregava de receber o pagamento.

O caso, onde conheceu a mulher por quem se apaixonou, interpretada por Adria Arjona (“Morbius” e “Andor”) no filme, foi relatado no artigo. A vítima tinha medo de deixar o marido, apesar de viver um relacionamento abusivo, que colocava em risco sua vida.

Em vez de armar para ela, como fazia com todos os contratantes, Gary a encaminhou para agências de serviços sociais para ajudá-la a sair da situação abusiva e ir para um abrigo para mulheres.

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