“Os Quatro da Candelária”: o que é verdade e o que é ficção na série

Minissérie da Netflix, “Os Quatro da Candelária” relembra crime que chocou o Brasil e mistura realidade e ficção

“Os Quatro da Candelária”, minissérie baseada em história real na Netflix, relembra a chacina da Candelaria, no Rio de Janeiro, em 1993. Após o crime brutal, crianças e adolescentes, em situação rua, perderam a vida. A produção, no entanto, adaptou alguns detalhes para a ficção. Confira o que mudou!

“Os Quatro da Candelária”: o que é verdade e o que é ficção

Luis Lomenha e Marcia Faria, diretores de “Os Quatro da Candelária”, revisitam a chacina por meio de narrativas que são ficcionais. A série, como resultado, dá destaque para quatro protagonistas nas 36 horas que antecederam o crime.

“Os Quatro da Candelária” (Crédito: Guilherme Leporace/Netflix)

A produção brasileira da Netflix se manteve fiel aos acontecimentos em 23 de julho de 1993, quando jovens, com idades entre 11 e 19 anos, sofreram morte pelas mãos da polícia diante da igreja da Candelária, no centro do Rio de Janeiro.

A gigante do streaming, da mesma forma, se aproximou da brutalidade que marcou os assassinatos. Os diretores fizeram questão de entrevistar os sobreviventes do massacre, mantendo um deles na equipe, para recriar o crime com profundidade.

No entanto, apesar de terem sido criados para a narrativa, Jesus (Andrei Marques), Pipoca (Wendy Queiroz), Sete (Patrick Congo) e Douglas (Samuel Silva) também foram inspirados em vítimas do massacre – que foram oito, no total, e tinham outros nomes.

“Os Quatro da Candelária” (Crédito: Netflix)

Em contrapartida, a minissérie também mostra a briga dos jovens com policiais, que tentavam tirá-los do local, para um casamento de luxo na igreja. Na ocasião do massacre, os jovens arremessaram pedras em um carro da Polícia Militar, fato apontado, portanto, como justificativa para o crime.

Apesar das semelhanças envolvendo a tragédia, os diretores, de acordo com o Metrópoles, quiseram trazer um novo foco para os sonhos que foram deixados para trás por essas vítimas. Na vida real, os jovens tinham entre 11 e 19 anos.

Quem foram as vítimas da chacina da Candelária

Durante o massacre, sofrem assassinato com tiros, Paulo Roberto de Oliveira, 11 anos; Anderson de Oliveira Pereira, 13 anos; Marcelo Cândido de Jesus, 14 anos; Valdevino Miguel de Almeida, 14 anos; “Gambazinho”, 17 anos; Leandro Santos da Conceição, 17 anos; Paulo José da Silva, 18 anos; e Marcos Antônio Alves da Silva, 19 anos.

Posteriormente, durante as investigações, dois policiais militares e um ex-policial receberam condenações pela chacina. Para homenagear as vítimas, a igreja da Candelária expõe uma cruz, bem na frente, com os nomes de cada um deles.

“Os Quatro da Candelária”