Lyle Menendez foi relutante em explorar abusos na família após ter carta, escrita para Erik, descoberta
O novo documentário da Netflix, “O Caso dos Irmãos Menendez”, revela um fato inédito sobre a vida de Lyle Menendez. Junto com o irmão Erik Menendez, o jovem, de 21 anos na época do crime, assassinou os pais, em 1989, quando confessaram serem abusados sexualmente e fisicamente pelo próprio pai, José.
Irmãos Menendez: Lyle não queria falar sobre abusos do pai
“O Caso dos Irmãos Menendez” reúne 20 horas de entrevistas inéditas com Lyle e Erik e, diferente da série “Monstros”, de Ryan Murphy, explora um detalhe que muita gente não sabia sobre o caso.
Nesse meio tempo, enquanto aguardavam o julgamento, Lyle escreveu uma carta de 17 páginas para Erik, manifestando o desejo de guardar os segredos da família. O caçula foi quem mais se mostrou aberto para comentar os abusos que aconteciam dentro de casa desde que tinham 6 anos.
“O Lyle não conseguia expressar o que escreveu naquela carta pessoalmente”, explica Erik. “Era mais fácil para ele colocar no papel. Ele sentia que contar os segredos sórdidos da família seria como matar meus pais outra vez, e ele não queria fazer isso”.
“Era pra eu ter destruído aquela carta, mas ela era preciosa pra mim. Foi um daqueles raros momentos em que o Lyle enfim expressou a dor que sentia. Então eu não queria simplesmente jogar aquilo fora, porque não era sempre que algo assim acontecia entre nós”.
A carta, descoberta três anos antes do julgamento, como resultado, forçou Erik e o irmão a confessarem o assassinato dos pais. Lyle, no entanto, se manteve relutante em falar sobre os abusos sexuais cometidos pelo pai durante anos.
“Foi muito trágico pra mim, pessoalmente, o fato de que algo que eu fiz pra guardar segredo foi o motivo pelo qual o Erik e a [advogada de defesa] Leslie [Abramson] disseram: ‘Agora você é obrigado [a contar]'”.
“‘Sua obsessão em manter isso em segredo fez você escrever esse negócio que acabou nas mãos do MP. Agora tem que dizer o porquê’. Preferia perder o julgamento dos homicídios do que falar sobre o nosso passado e o que aconteceu”.