Por que Netflix mudou par romântico de Francesca em “Bridgerton”: explicou decisão polêmica da série

por | jun 17, 2024 | Séries

Série gerou revolta ao mostrar Francesca conhecendo Michaela Stirling, que, no livro, pertence ao gênero masculino

Uma mudança na história de Francesca Bridgerton (Hannah Dodd) revoltou os fãs de uma das séries mais vistas na Netflix. O final da terceira temporada de “Bridgerton” mostra a protagonista se apaixonando por Michaela Stirling (Masala Baduza), que nos livros que basearam a produção se chama Michael, detalhe que desagradou o público.

“Bridgerton” mudou história de Francesca

O sexto livro de Julia Quinn, chamado “O Conde Enfeitiçado”, foca na história de Francesca, que se apaixona por Michael Stirling após a morte de John Stirling (Victor Alli), irmão de seu marido e seu primeiro amor.

A expectativa dos fãs, que leram todos os best-sellers, era acompanhar o desenvolvimento da história do casal, uma vez que Michael foi também um dos protagonistas mais comoventes entre os livros sobre os Bridgertons.

Francesca (Hannah Dodd) e John Stirling (Victor Alli) em “Bridgerton” (Crédito: Liam Daniel/Netflix)

Com o surgimento de Michaela, que já chamou a atenção de Francesca, os fãs não esconderam a revolta com a falta de fidelidade ao livro de Julia Quinn, ainda que a série possivelmente ganhe um casal LGBT, aumentando a diversidade.

“Imagina escolher logo o único homem que ficou ANOS apaixonada pela mulher amada, foram 6 ANOS de Michael Stirling amando a Francesca, o primeiro casal que o homem se apaixona primeiro e decidiram mudar pra uma mulher, agora PRA QUÊ?”, protestou um fã da série no X (Twitter).

A repercussão foi tanta que Jess Brownell, produtora da série, se pronunciou sobre a mudança no roteiro. “O livro dela [Francesca] fala muito sobre o quão diferente ela se sente, e acho que a intenção de Julia Quinn é apenas que Fran se sinta diferente porque é introvertida”.

Hannah Dodd como Francesca em “Bridgerton 3” (2024) (Crédito: Liam Daniel/Netflix)

“Para muitos de nós da comunidade queer, essa sensação de nos sentirmos diferentes faz parte de nossas histórias. Eu senti que havia um terreno fértil tematicamente em seu livro para contar essa história”, declarou para a versão americana da Glamour.

“Existem também alguns elementos de sua história [de Julia Quinn] que nos permitem ter certeza de que podemos contar um final muito feliz para Francesca e Michaela. Foi importante para mim contar uma história queer principal para que pudéssemos dar a essa comunidade um feliz para sempre, como fizemos com todos os outros casais”.

“Bridgerton”