Público de “Vale Tudo” demonstrou indignação com algumas mudanças drásticas de Manuela Dias no remake
O remake de “Vale Tudo”, exibida originalmente em 1988, promoveu algumas mudanças em relação à primeira versão que alteraram drasticamente o rumo da história e trouxeram para as telinhas da Globo cenas nunca antes imaginadas.
Como resultado, muitos fãs ficaram insatisfeitos, criticando as decisões artísticas de Manuela Dias, responsável pela adaptação, nas redes sociais. O principal motivo de revolta foi o assassinato inédito – que não deve ser de Odete Roitman (Debora Bloch).
Confira todas!
“Vale Tudo”: mudanças que foram muito criticadas no remake
Doença de Afonso
Na versão original de “Vale Tudo”, Afonso (Cássio Gabus Mendes/Humberto Carrão) não sofre de uma doença terminal. O protagonista implora pelo perdão de Solange (Lídia Brondi/Alice Wegmann) depois que descobre a traição de Maria de Fátima (Glória Pires/Bella Campos) com César (Carlos Alberto Riccelli/Cauã Reymond).

As cenas de dor e sofrimento de Afonso abalaram o público e aconteceram muito rápido em “Vale Tudo”. A busca pelo doador compatível, sem sucesso, só contribuíram para elevar a tensão da novela, que ficou bem mais sensível, sobretudo pelo fato de Solange estar esperando gêmeos dele – outra mudança inédita feita pela autora – que deixou em aberto como e se irá se curar.
Gravidez de Solange
A forma como Solange revela para Afonso que está grávida dele também foi totalmente diferente. Na primeira versão, em 1988, o protagonista a procura para pedir perdão e confessar seus sentimentos, depois que a protagonista já deu à luz para uma menina, chamada Marcinha.

Solange, portanto, aproveita a oportunidade para questioná-lo como nunca percebeu que Marcinha era a cara dele e os dois ganham um final feliz nos últimos capítulos. No entanto, no remake, a diretora da Tomorrow, atualmente grávida de gêmeos, cria coragem após o diagnóstico de leucemia do amado.
Perda de destaque de Raquel
Os fãs se revoltaram ao perceber que Raquel (Taís Araujo) perdeu totalmente espaço, mesmo sendo a protagonista, uma vez que a autora optou por destacar núcleos menores, como o de Consuêlo (Belize Pombal), André (Breno Ferreira) e Aldeíde (Karine Teles), por exemplo.

Nos resumos da reta final, o nome de Raquel apareceu pouquíssimas vezes, com a história estagnada depois que reata com Ivan (Renato Góes) e reassume o controle da Paladar. “A Raquel sendo uma coadjuvante de luxo, se tirassem ela da novela ninguém iria perceber porque a Manuela Dias tirou toda a sua importância do núcleo central”, opinou uma internauta no X (antigo Twitter).
Mudanças nas personalidades das vilãs
Odete Roitman (Beatriz Segall/Debora Bloch) foi descrita como menos desagradável, com a falta de cenas que mostrassem a sua crueldade, no remake de “Vale Tudo”. A vilã não chegava a se casar com César, apesar de torná-lo seu amante, em mudança que incomodou alguns fãs pela rapidez e entrega ao romance.

Maria de Fátima se tornou uma “trambiqueira de novela infantil”, com armações rasas e superficiais, incluindo aquelas para separar Afonso de Solange. Em 1988, a vilã orquestrava todo um plano para o playboy flagrar a namorada com César e acreditar que os dois tinham se envolvido nesse meio tempo.
Assassinato inédito no remake de “Vale Tudo”
De acordo com a colunista Márcia Pereira, do Notícias da TV, Mário Sérgio (Marcos Palmeira/Thomas Aquino) morre na casa de Ana Clara (Samantha Jones). A autora, mais uma vez, optou por alterar o rumo da reta final, mantendo Odete Roitman viva por mais um tempo – a morte da vilã foi um dos pontos altos da versão original com “quem matou” movimentando a audiência até o último capítulo.

“Espero que a Globo reveja esse remake e faça novamente o remake dessa novela, respeitando a memória e todo o legado do Gilberto Braga escolhendo um autor realmente competente! E que deixe a Manuela Dias estragar somente os remakes das novelas do Manoel Carlos, pai dela”, criticou um internauta, após a notícia.
Ana Clara não existia em “Vale Tudo”
Ana Clara ainda não existia quando estreou “Vale Tudo”, uma vez que a autora optou por mudar o rumo da família Roitman, mantendo Leonardo (Guilherme Magon) vivo. A reviravolta bombástica até agradou alguns telespectadores, mas a presença da chantagista, que assume os cuidados dele, não.
No decorrer da trama, Ana Clara chega a se casar com Leonardo com o objetivo principal de tirar dinheiro de Odete. Mesmo sabendo que o herdeiro não é capaz de se opor, a protagonista assume as rédeas da vida dele e, gananciosa, não hesita em se aliar à Maria de Fátima para derrotar sua rival.
Romance de Solange com Renato
Outro “plot twist” que não agradou ao público foi o breve romance entre Solange e Renato (Adriano Reys/João Vicente de Castro). Os dois nunca chegaram a se relacionar na versão original da trama, já que a jornalista engatava um romance com Mário Sérgio, que também não dava certo.

“Imagine transformar o Mário Sérgio em vilão e trocar o enredo entre ele e a Solange por um relacionamento sem sentido entre ela e o Renato… Conseguiram deixar todos os personagens da Tomorrow chatos e insuportáveis, acabaram até com a própria Solange”, se revoltou mais um fã.