Remake de “Vale Tudo” altera história de personagem para explorar assexualidade

Poliana, interpretado por Matheus Nachtergaele, se torna assexual em mudança no remake de “Vale Tudo”

O remake de “Vale Tudo” alterou um detalhe importante da trama original de 1988 ao ganhar nova versão na Globo. Poliana, agora interpretado por Matheus Nachtergaele, se torna assexual, mudança que resultou, como resultado, na exclusão de uma das personagens do roteiro.

Confira detalhes!

Remake de “Vale Tudo” altera história de Poliana: o que mudou

Na versão original de “Vale Tudo”, Pedro Paulo Rangel deu vida para Poliana. O rapaz se envolvia romanticamente com Íris (Cristina Galvão), uma moça tímida e retraída, com quem começa um relacionamento.

Os dois, posteriormente, terminaram a novela juntos. Íris, que chegou a substituir Aldeíde (Lilia Cabral) no escritório da TCA, onde conseguiu um trabalho, deixou de existir no remake. A mudança acontece, sobretudo, por conta da nova abordagem da sexualidade de Poliana.

Poliana (Pedro Paulo Rangel) no remake de “Vale Tudo” (Crédito: Divulgação/Globo)

“Vale Tudo” optou por transformá-lo em assexual, ou seja, um indivíduo que não sente atração sexual por ninguém, independente do gênero. Aldeíde, irmã de Poliana, passa a ser interpretada por Karine Teles, se tornando aquela pessoa com quem se sente confortável para dividir suas questões.

Além de Íris, a produção cortou, da mesma forma, Dona Pequenina (Lourdes Mayer), uma senhora divertida e sem papas na língua, que era avó da personagem. Pela nova abordagem da sexualidade de Poliana, as duas não teriam espaço para se desenvolver na trama.

Aldeíde (Karine Teles) e Poliana (Matheus Nachtergaele) no remake de “Vale Tudo” (Crédito: Globo/ Fábio Rocha)

No remake de “Vale Tudo”, Poliana se torna um grande aliado de Raquel (Taís Araujo), que passa por poucas e boas com a filha, Maria de Fátima (Bella Campos). Melhor amigo da protagonista, Poliana não vai deixá-la se entregar ao sofrimento tão fácil.

O que é a assexualidade?

A assexualidade é uma orientação sexual caracterizada pela ausência de atração sexual por outras pessoas. Em contrapartida, não corresponde à doença, distúrbio ou escolha, mas representa uma orientação sexual legítima.

Pessoas assexuais, portanto, não sentem desejo sexual por outras pessoas, independentemente do gênero. No entanto, alguns podem sentir vontade de um envolvimento romântico, sem relações íntimas, enquanto outros não, desejo que varia individualmente.

Raquel (Taís Araujo) e Poliana (Matheus Nachtergaele) em “Vale Tudo” (Crédito: Globo/Manoella Mello)

É válido ressaltar que a assexualidade não está relacionada a problemas hormonais ou psicológicos e nem falta de emoções ou afetividade. A comunidade tem crescido e ganhado visibilidade, com organizações e grupos de apoio, que promovem a conscientização e a aceitação.

Remake de “Vale Tudo”