Morte de Odete Roitman parou o Brasil na primeira versão de “Vale Tudo” – com direito a quatro finais alternativos
O assassinato de Odete Roitman (Beatriz Segall/Debora Bloch) parou o Brasil na versão original de “Vale Tudo”, que estreou em 1988, promovendo uma grande reviravolta no último capítulo. Os autores optaram por revelar Leila (Cassia Kiss/Carolina Dieckmann) como responsável pelo tiro que matou a vilã.
Da mesma forma que Manuela Dias, responsável pela adaptação em reta final na Globo, Aguinaldo Silva, Gilberto Braga e Leonor Bassères pensaram, juntos, em quatro finais alternativos. O trio manteve o suspense até o final da novela, com alguns suspeitos bem diferentes do remake.
Finais alternativos da morte de Odete Roitman em “Vale Tudo”
De acordo com o jornal O Globo, na edição de 7 de janeiro de 1989, um dos nomes cogitados pelos autores foi o de César (Carlos Alberto Ricelli/Cauã Reymond). Na versão original, o modelo era amante da milionária na reta final, mas os dois não chegaram a se casar e, portanto, não herdaria a herança.
A motivação do crime, caso o desfecho alternativo fosse ao ar, seria vingança. Tudo após Odete se recusar a fazer transferência de US$ 500 mil dólares para uma conta no exterior. No remake, César também é um dos principais suspeitos, mas pelo fato de herdar 50% da TCA com a morte, se tornando milionário.
O público chegou a vê-lo planejando o assassinato de Odete. Em mais um final alternativo da versão original de “Vale Tudo”, Olavo (Paulo Reis/Ricardo Teodoro) chantagearia a vilã, que se revoltaria e pegaria uma arma para se livrar do desafeto, morrendo logo depois de um disparo acidental.
Uma das possibilidades incluía Bruno (Danton Mello/Miguel Moro), ainda criança, filho de Leila e Ivan (Antonio Fagundes/Renato Góes). O crime aconteceria durante uma visita da mãe e do padrasto à casa de Odete, quando o pequeno se esconde no porta-malas do carro, reparando em uma pasta esquecida.
Nesse meio tempo, Bruno encontraria também a arma de Marco Aurélio (Reginaldo Faria/Alexandre Nero), pegando tudo para subir ao apartamento. Ao flagrar uma discussão do executivo com a chefe, o pequeno se assustaria com ameaça de denunciá-lo para a polícia e apontaria o revólver para Odete.
Quem mais poderia matar Odete na versão original de “Vale Tudo”
A vilã “docemente diz para ele parar a brincadeira. O menino fecha os olhos e atira”, dizia o roteiro, obtido pelo jornal O Globo. O quarto e último desfecho alternativo envolvia Queiroz (Paulo Porto), sócio de Renato (Adriano Reys/João Vicente de Castro) na Tomorrow, que não existe no remake de “Vale Tudo”.
O rapaz, eventualmente, chegaria no apartamento da vilã, interrompendo uma discussão entre Marco Aurélio e Odete. Queiroz, em seguida, se declararia para a milionária, que debocharia “agressivamente dele, a ponto de fazê-lo perder o controle e atirar”.
Por que Leila matou Odete Roitman em “Vale Tudo”
A primeira versão de “Vale Tudo”, em mais uma diferença para o remake, promovia o envolvimento de Marco Aurélio com Mária de Fátima (Gloria Pires/Bella Campos). Mesmo se aproximando de Leila, a vilã começou um romance com o executivo, morando sob o mesmo teto do casal.
Quando enfim descobre a verdade, Leila arma um flagrante para o casal, entrando em casa com a arma em mãos. No entanto, a protagonista dispara sem olhar direito, atingindo Odete Roitman de maneira acidental, já que preferia matar Maria de Fátima pela traição cometida.
Odete, em contrapartida, vai ao apartamento de Marco Aurélio ao desmascarar o desvio de dinheiro cometido pelo diretor da TCA. Ao perceber o que fez, Leila entra em pânico, mas consegue sair impune ao fugir com o marido do país, em um jatinho, recomeçando longe do Brasil.