Submersível Titan, da OceanGate, implodiu ao descer até os destroços do Titanic, com cinco passageiros, em 2023
O submersível Titan, da empresa OceanGate, implodiu em junho de 2023 durante uma expedição aos destroços do Titanic, resultando na morte de cinco pessoas a bordo. A tragédia comoveu em escala global, levando a Netflix a produzir um documentário, intitulado “Titan: O Desastre da OceanGate”.
Confira detalhes!
O que aconteceu com o OceanGate Titan?
Em 18 de junho de 2023, o Titan, um submersível da OceanGate Expeditions, desapareceu no Oceano Atlântico Norte, na costa de Terra Nova, no Canadá. Projetado para acomodar cinco pessoas, levava uma expedição de turistas para ver os destroços do Titanic, que naufragou em 1912.
A expectativa, nesse meio tempo, era de que submersível tivesse um suprimento de ar respirável de 96 horas, que teria acabado em 22 de junho. Buscando por respostas, uma equipe internacional composta pela Guarda Costeira dos Estados Unidos (USCG), pela Marinha dos Estados Unidos (USN) e pela Guarda Costeira do Canadá se uniram para localizar o Titan.
Em 22 de junho, após quase 80 horas de busca, a Guarda Costeira dos Estados Unidos e a OceanGate confirmaram que um veículo subaquático operado remotamente (ROV) descobriu um campo de destroços contendo partes do Titan a aproximadamente 488 metros (1 600 pés) da proa do Titanic.
O Titan, portanto, teria implodido. O processo ocorre quando um objeto, uma estrutura ou um edifício colapsa ou desmorona em direção ao seu centro, causando a morte imediata dos passageiros que estavam a bordo.
Investigadores, porém, apontam que a implosão foi provavelmente causada por uma falha no submarino em lidar com a pressão em um nível tão profundo do mar. Quando um submarino mergulha, a pressão da água aumenta progressivamente, o Titan, em contrapartida, era feito de fibra de carbono e titânio, dois materiais sobre os quais há pouco estudo sobre como se comportam quando sujeitos a variações.
Documentário da Netflix explora a tragédia
O documentário da Netflix detalha a história do submersível Titan e da empresa OceanGate. A produção foca na figura de Stockton Rush, CEO da empresa e idealizador do projeto, que também morreu no acidente. O objetivo, portanto, foi mostrar a história da tragédia e irresponsabilidade por parte da companhia.
O documentário, como resultado, expõe falhas e decisões questionáveis que levaram à tragédia, incluindo o uso de materiais experimentais e a falta de padrões de segurança. Recriando a implosão, o documentário, além disso, passa pela falta de testes adequados e a pressão para realizar a expedição.
“A maior tragédia, e o que espero que o público entenda, é como esse desastre era completamente evitável”, declarou Mark Monroe, diretor do documentário da Netflix, ao Tudum. “Quanto mais eu me aprofundava nessa terrível tragédia, mais intrigado ficava sobre como isso pôde ter acontecido, e quem exatamente foi o homem que construiu e afundou com este navio. Esperamos que este filme possa ajudar a encontrar respostas para essas mesmas perguntas”.
Stockton Rush, CEO da OceanGate, fazia promessas sobre as expedições turísticas ao fundo do oceano, ainda que não tivesse seguro de suas tecnologias. David Lochridge, piloto de submersível e ex-diretor de operações marítimas da OceanGate, revela, em depoimento, que chegou a alertá-lo sobre os riscos de continuar usando o submersível Titan.
O documentário mostra como o uso de fibra de carbono no casco da embarcação, assim como outras decisões questionáveis, alarmaram muitos funcionários da OceanGate. No entanto, Stockton Ruch não ouviu nenhum deles, colocando em prática a expedição trágica que entrou para a história.