Por que a Netflix mudou o final de “Meu Ano em Oxford”: atores explicaram

Mudança no final de “Meu Ano em Oxford”, para a Netflix, adiciona mais profundidade emocional e um senso de realismo

“Meu Ano em Oxford”, que chegou ao Top 1 global na Netflix, foi inspirado pelo romance homônimo de Julia Whelan. No entanto, o filme tomou uma liberdade artística, mudando completamente o final da história, que ganhou um novo significado.

A decisão criativa, de acordo com os próprios atores, teve por objetivo dar um tom mais maduro e impactante à trama, que acompanha uma estudante americana realizando o sonho de estudar na Universidade de Oxford, onde acaba se apaixonando por um professor, que sofre de doença terminal.

Por que a Netflix mudou o final de “Meu Ano em Oxford”

O romance – que se tornou um dos maiores lançamentos em filmes da Netflix em 2025 – mostra Anna De La Vega (Sofia Carson), uma jovem ambiciosa de Nova York, que finalmente realiza seu grande sonho: ser aceita para estudar por um ano na prestigiada Universidade de Oxford, no Reino Unido.

Determinada a focar nos estudos e na carreira, a protagonista passa por uma grande reviravolta ao conhecer  o charmoso e intelectual Jamie Davenport (Corey Mylchreest), seu professor de literatura. Eventualmente, os dois se envolvem e tentam manter o romance no casual, mas um segredo coloca tudo em risco.

Jamie, diagnosticado com câncer terminal, decide não seguir o tratamento, mas, no livro, ganha mais um tempo de vida após um teste médico, disposto a cumprir a promessa de viajar com Anna pela Europa. Em contrapartida, no filme da Netflix, a protagonista se aventura sozinha, já que ele morre antes disso.

“Meu Ano em Oxford” (Crédito: Reprodução/Netflix)

Em entrevista ao portal Entertainment Weekly, Sofia Carson e Corey Mylchreest falaram sobre a mudança no final de Jamie e Anna no streaming. Também produtor do filme, o ator confirmou que, apesar da ambiguidade na cena, o protagonista também morre na Netflix.

“O cara morreu. É melhor assim. Mais poderoso. É nessa direção que o livro está indo, e seria hipocrisia da parte de Jamie falar todas essas coisas e de Anna entender essa filosofia de vida [e não terminar aí]”, reforçou Corey. “O impressionante é que Jamie acredita em todas essas coisas — o para sempre é feito de agoras — e ele não tem tantos agoras restantes”.

“Então, o que é realmente incrível é que ele está fazendo tudo isso e acredita em todas essas coisas com tão pouco tempo restante. Se isso não fosse verdade, pareceria que estamos subestimando suas crenças”, analisou, por fim. Sofia, da mesma forma, também ajudou na produção do filme, revelando que os dois chegaram a cogitar alguns finais alternativos, mas se mantiveram mais próximos do livro.

“Meu Ano em Oxford” quase ganhou final alternativo

“Embora fique claro que Anna está sozinha no final, deixamos um pouco ambíguo porque queríamos que o filme terminasse com esperança e luz, e é por isso que queríamos mostrá-los vivendo tudo isso juntos. E então, quando ele desaparece e se vai, e você presume que ela o perdeu, esse elemento de esperança e a ideia de vida após o amor e de vida após a perda são realmente poderosos”.

“Meu Ano em Oxford” (Crédito: Reprodução/Netflix)

“Houve conversas até o último minuto para fechar o corte. Nosso produtor principal, Marty Bowen, não queria que Jamie morresse porque queria a possibilidade, o futuro deles juntos. Ela está fazendo isso em homenagem a ele e ao amor deles. Levando consigo as lições de vida que ele compartilhou com ela e que mudaram a vida dela para sempre”.

“Eu adoro a ideia de que eles teriam tido a chance, mas com a forma como o vemos naquela última cena na cama, não havia universo onde isso fosse possível. Então, ela viveu o sonho deles”, reagiu a atriz. “Eu não tinha certeza se queria ver os momentos da Anna sozinha. Pedi uma edição em que, assim que a Jamie desaparecesse e você a visse curtindo a praia, o filme terminasse ali. Foi muito emocionante, mas o final foi um pouco chocante demais”.

“Pareceu um pouco mais conclusivo. O momento mais comovente foi quando a Jamie desapareceu e, então, você a viu sozinha em todos os lugares. Houve muita discussão, mas todos concordamos que o final mais bonito para a Anna e o Jamie”.

O final de “Meu Ano em Oxford”, portanto, foi alterado para se manter fiel aos personagens, com forte mensagem de fé e esperança. O ator acredita ainda que estender o tempo de Jamie para um final feliz tiraria o peso e o propósito da jornada tão bem construída ao longo do livro e do filme.

“Meu Ano em Oxford” está disponível na Netflix.

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