7 grandes diretores e suas estranhas obsessões

por | jul 26, 2016 | Filmes

Existem alguns diretores que você pode identificar no ponto por causa dos seus filmes: estilo, roupas, música, ou os atores envolvidos (pense em Wes Anderson e Tim Burton). E existem aqueles que podem ser identificados por temas recorrentes que surgem sempre em seus trabalhos. Hitchcock tinha uma coisa estranha com loiras, mas comparado a esses diretores, sua obsessão está tranquila. Veja 7 diretores famosos e suas obsessões estranhas nos filmes:

Christopher Nolan

Esposas mortas (“Memento”, “O Grande Truque”, “Batman – O Cavaleiro das Trevas”, “A Origem”)

Nolan é amado por seus fãs pela precisão calculada de seus roteiros e estilos de filmagem. Nesse frio distanciamento, ele pode não ter prestado atenção em um detalhe que aparece de tempo em tempo em seus filmes: esposas mortas. O roteiro inteiro de “Amnésia” é baseado na busca do protagonista pelo homem que matou sua mulher, juntamente com outra história de outra esposa chamada Sra. Jenkins, morta pelo seu marido. “O Grande Truque” nos dá duas esposas mortas pelo preço de uma – Piper Perabo e Rebecca Hall – enquanto Leonardo DiCaprio é assombrado pela memória de Marion Cotillard, sua noiva morta em “A Origem”. A personagem de Maggie Gyllenhaal em “Batman – Cavaleiro das Trevas” é explodida segundos depois de ter aceitado casar com um homem. Algum desses filmes deu uma pausa para a verdadeira mulher/produtora de Nolan, Emma Thomas?

Guillermo del Toro

Relógios (todos os filmes)

“Eu amo tudo relacionado a relógios”, disse o diretor de “Hellboy”, “O Labirinto do Fauno” e “Círculo de Fogo” em 2007. Sua paixão é evidente desde o seu filme de estreia, “Cronos”. A partir daí, se tornou motivo de destaque ao longo de sua filmografia, seja um relógio nazista feito de areia como em “Hellboy”, ou o mar de engrenagens brilhantes em baixo dos pilotos de Jaeger em “Círculo de Fogo”. Esse fetiche atingiu seu ápice em “Hellboy 2 – O Exército Dourado”, no qual a batalha final acontece em uma sala do trono feita de engrenagens gigantes, cercada de robôs em forma de relógios.

Steven Spielberg

Pais ausentes (“Contatos Imediatos de Terceiro Grau”, “E.T.”, “Indiana Jones e a Última Cruzada”, “Gancho”, “Jurassic Park”, “Prenda-me Se For Capaz”, “Guerra dos Mundos”, “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal)

O diretor mais bem sucedido do mundo pode ter o toque de ouro, mas a fixação de Spielberg por pais ausentes – seja por divórcio, ou negligência, ou pela chance de conhecer aliens – o faz soar monotemático. Não é surpresa que seu pai na vida real, Arnold, caiu na categoria de ausente/viciado em trabalho – a quem culpava – e só descobriu muito depois que sua mãe foi quem tomou a iniciativa do divórcio.

Quentin Tarantino

Pés de Mulheres (“Pulp Fiction”, “Jackie Brown”, “Kill Bill”, “À Prova de Morte”, “Bastardos Inglórios”)

“Não me fale sobre massagem em pés, eu sou o mestre dos pés.” Isso pode ter sido dito pelo personagem de Samuel L. Jackson em “Pulp Fiction”, mas poderia ter sido facilmente falado por Tarantino, visto como sua veneração cinemática por pés femininos foi muito além da conta. Se em qualquer ponto dos seus filmes você vir uma mulher andando por aí sem sapatos, não trate isso como coincidência. E a luxúria desenfreada de Tarantino por pés não é segredo: em um evento em 2010, Uma Thurman deixou o diretor beber champagne de seus sapatos.

Irmãos Coen

Homens gordos gritando (“Gosto de Sangue”, “Arizona Nunca Mais”, “Ajuste Final”, “Barton Fink – Delírios de Hollywood”, “Na Roda da Fortuna”, “O Grande Lebowski”, “E Aí, Meu Irmão, Cadê Você?”)

Em um determinado ponto, Joel e Ethan Coen estavam mais dedicados em empregar homens gordos que gritavam do que em ganhar um Oscar. Em “Arizona Nunca Mais”, existem várias cenas de John Goodman e William Forsythe, fugitivos flácidos, gritando seus pulmões para fora como bebês, enquanto Mario Todisco uiva continuamente antes, durante, e depois que o gângster de Jon Polito “coloca uma no cérebro” de Dane em “Ajuste Final”.

Sofia Coppola

Meninas ricas sendo indulgentes (“Encontros e Desencontros”, “Maria Antonieta”, “Um Lugar Qualquer”, “Bling Ring: A Gangue de Hollywood”)

Acusações de nepotismo podem ter seguido a filha do diretor Francis Ford Coppola ao longo de sua carreira como atriz e diretora, mas Sofia mais do que mereceu o lugar que ocupa hoje como uma das cineastas mais visionárias da sua geração. Mas é inegável a fixação pela personagem da menina rica mimada vivendo com luxo. A personagem de Scarlett Johansson passa o filme “Encontros e Desencontros” inteiro comendo fora e indo a karaokês com Bill Murray em e ao redor de um hotel muito chique – o que não se distancia do enredo de “Um Lugar Qualquer”, no qual Elle Fanning vive com seu pai estrela de cinema em Chateau Marmont.

Terrence Malick

Pessoas envolvidas por grama (todos os filmes)

Desde sua estreia auspiciosa em 1973 com “Terra de Ninguém”, Terrence Malick tem demonstrado uma inclinação a capturar longas filmagens com atores (e um ocasional enxame de gafanhotos) em movimento, amuados, ou simplesmente parados em campos sem fim de grama alta. Pocahontas em “O Novo Mundo”, a mãe de “A Árvore da Vida”, e a esposa francesa de “Amor Pleno” são todas filhas da natureza rodando descuidadamente na referida grama, mostrando a liberdade de tudo.