Adriane Galisteu nunca teve a chance de construir uma boa relação com a família de Ayrton Senna
A relação de Adriane Galisteu com a família de Ayrton Senna sempre foi conturbada. No um ano e meio de relacionamento, os dois viajaram muito e aproveitaram intensamente, dando pouco tempo para conhecerem verdadeiramente a apresentadora, com quem tiveram grande climão após a morte do piloto.
Adriane Galisteu teve relação difícil com família de Ayrton Senna
O casal se conheceu em 1993, durante o GP de Interlagos, anos após o piloto de Fórmula 1 terminar com Xuxa Meneghel, a quem a família se apegou sempre, sobretudo, durante o velório.
Galisteu viveu o último um ano e meio da vida de Ayrton ao lado dele. De acordo com a apresentadora, que não obteve destaque na série em alta na Netflix, a história também é sobre ela.
“Meu relacionamento com ele foi o último ano e meio da vida dele. Porém, foi ao meu lado, e essa história também me pertence. E também foi uma história vivida intensamente, cheia de amor, cheia de diversão. Um Ayrton completamente diferente daquilo que vocês já viram”.
Após a tragédia em 1º de maio de 1994, em Ímola, durante o Grande Prêmio de San Marino, na Itália, a família tentou minimizar a presença de Galisteu no enterro, dando à apresentadora um adesivo de amigo para colocar na roupa.
A família de Senna teria ainda utilizado Xuxa como um “instrumento” para evitar que Galisteu tivesse “protagonismo”. Posteriormente, os parentes começaram a pensar em uma produção para exaltar a trajetória de Ayrton, fato que só veio a acontecer anos depois, na Netflix, com o lançamento de “Senna”.
Entretanto, Galisteu não esperava estar presente na produção, onde ganhou apenas dois minutos de tela, enquanto a família Senna queria cortá-la completamente. “Eu tenho quase certeza que as namoradas do Ayrton vão ser morenas e não vai ter a mesma história que, na verdade, teve”.
Família de Ayrton Senna se afastou de Adriane Galisteu
“E eu acho até muito esquisito, porque eu fiz parte da vida do Ayrton no último um ano e meio. Eu fiz parte da vida dele e não ele da minha, é diferente. Ele passou pela minha vida, e eu fiz o último ano e meio de vida dele, quer a família queira, quer as pessoas queiram ou não”, declarou, à Marília Gabriela, em 1998.
Em seu livro “Caminho das Borboletas”, lançado em 1994, Galisteu citou o distanciamento da família do piloto, após a perda. “Ligava para a família e a empregada da fazenda atendia? Eu queria estar próxima, fosse como fosse. Impossível. Comecei a estranhar”, escreveu.
Dedicado à registrar as memórias com Ayrton, o livro dá a entender que a relação com os irmãos era cordial, mas não tão próxima quanto com os pais, Neyde Senna da Silva e Antonio Carlos de Almeida Braga.
“Tantas coisas aconteceram naquela época, eu era uma menina muito diferente da mulher que sou hoje. E, durante o ano e meio que eu vivi com ele, a gente esteve no Brasil muito pouco. Convivemos pouco com a família dele, que não sabia direito quem eu era, de onde eu vim, para onde eu ia e do que seria capaz. Eu era enigmática, acho que faltou conversa e me conhecer de fato. Mas o tempo passou, e eu sempre respeitei a família dele”, afirmou a apresentadora, em entrevista à Veja.
Viviane Senna criticou Adriane Galisteu por lançar livro
Viviane Senna, no entanto, fez duras críticas à ex-cunhada após o lançamento do livro. “Se ela precisa de dinheiro, deveria trabalhar, como todo mundo, e parar de explorar a imagem de um morto”, comentou ao seminário Paris Match.
“Não posso evocar os problemas que essa moça causou à nossa família e que determinaram nossa posição. Pois, se o fizesse, exporia certos aspectos da vida privada de Adriane. E eu não tenho esse direito”.
A apresentadora chegou a explicar o seu ponto e demonstrou interesse em conversar com Viviane durante entrevista ao documentário “Barras Invisíveis”, de 2024.
“Eu estava sem dinheiro e seria indecente, dois meses após sua morte, eu aparecer novamente, sorridente, na capa das revistas”, garantiu sobre o livro. “Se a Viviane Senna tocar meu telefone agora e pedir para tomar um café comigo, eu largo tudo e vou lá”.