Nascido em Pernambuco, João Gomes enfrenta preconceitos por sua origem e os ritmos que canta
João Gomes relembrou situação em que sofreu preconceito durante ensaio. Em entrevista à revista QG, o cantor ouviu um comentário em tom de brincadeira sobre ser nordestino. Ele também abordou a realidade de “furar a bolha” com o ritmo do piseiro e forró.
João Gomes fala sobre “furar a bolha”

O cantor contou uma situação vivida durante um ensaio em um dia quente. João Gomes pediu água para a produção do local quando uma pessoa “brincou” com o pedido do cantor. Ele foi questionado se a equipe e ele não estavam acostumados a passar calor e sede por serem do nordeste.
“Pensei: ‘Caramba, velho, foi isso mesmo?’”, relembra ele impressionado com a fala. O cantor ainda destacou o desafio em conquistar os espaços sendo nordestino.
“A gente precisa fazer a nossa parte através da música e ganhar nosso espaço, assim como Gonzagão fez. Mas sempre foi difícil. Sempre vão nos menosprezar por causa da ignorância. As pessoas pensam que, de onde viemos, é só mato. Então, devemos continuar falando de coisas positivas”, fala João.
Em outubro, o cantor estreou o famoso programa Tiny Desk, agora na versão brasileira. No início de novembro, João recebeu seu primeiro Grammy Latino e segue na conquista de espaços.

Apesar de estar “furando a bolha”, o cantor comenta o preconceito que os ritmos ainda enfrentam.
“Mas tem quem não goste, viu? A gente começa a entender que é instrumento, né? Muitas pessoas verão nisso uma possibilidade, vão fazer piseiro, forró… Dois ritmos que até hoje sofrem muito preconceito”, destaca João.

