A defesa de Gusttavo Lima celebrou a revogação da prisão preventiva do artista, buscando reparação pelos danos à imagem dele
A defesa de Gusttavo Lima comemorou a decisão do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) que revogou sua prisão preventiva no contexto da Operação Integration. O sertanejo enfrentava acusações ligadas a uma suposta rede de lavagem de dinheiro e apostas ilegais, mas a defesa alegou que a relação dele com as empresas investigadas era estritamente comercial e legal, sem envolvimento em atividades ilícitas.
Defesa de Gusttavo Lima comemora revogação de prisão
Após a decisão favorável do desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, a equipe jurídica de Gusttavo Lima expressou alívio e satisfação com um comunicado oficial. “A defesa do cantor Gusttavo Lima recebe com muita tranquilidade e sentimento de justiça a decisão proferida na tarde de hoje pelo Desembargador do TJPE Dr. Eduardo Guilliod Maranhão, que concedeu o habeas corpus”, comentou.
“A decisão da juíza de origem estabeleceu uma série de presunções contrárias a tudo que já se apresentou nos autos, contrariando inclusive a manifestação do Ministério Público do caso […] A relação de Gusttavo Lima com as empresas investigadas era estritamente de uso de imagem e decorrente da venda de uma aeronave. Tudo feito legalmente, mediante transações bancárias, declarações aos órgãos competentes e registro na ANAC. Tais contratos possuíam diversas cláusulas de compliance e foram firmados muito antes de que fosse possível se saber da existência de qualquer investigação em curso”, disse a equipe.
“Gusttavo Lima tem e sempre teve uma vida limpa e uma carreira dedicada à música e aos fãs. Oportunamente, medidas judiciais serão adotadas para obter um mínimo de reparação a todo dano causado à sua imagem”, concluiu.
Mandado de prisão de Gusttavo Lima
A Operação Integration, que resultou na prisão de diversas pessoas, como Deolane Bezerra, investiga uma quadrilha supostamente envolvida em lavagem de dinheiro e apostas ilegais. Gusttavo Lima foi acusado de manter “intensa relação financeira” com indivíduos foragidos, como José André da Rocha Neto, e de estar vinculado a movimentações financeiras suspeitas. O inquérito apontou que, em 2023, o cantor adquiriu 25% da empresa de apostas Vai de Bet, associada a Rocha Neto, o que levantou questões sobre a natureza de suas relações comerciais.
O mandado de prisão foi emitido pela juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, que argumentou que “não vislumbrava, no momento, nenhuma outra medida cautelar menos gravosa capaz de garantir a ordem pública”. Além da prisão, a decisão inicial incluía o bloqueio de bens e a suspensão do passaporte do cantor, que estava em Miami no momento em que a ordem foi expedida.
Contudo, a defesa contestou as acusações, afirmando que as operações realizadas por Gusttavo Lima foram sempre em conformidade com a lei, baseadas em contratos claros e registrados. Após a revogação, o desembargador também suspendeu as medidas cautelares, permitindo que o cantor recuperasse sua liberdade de viajar e portar armas.