“Ela queria que a gente andasse com um pedacinho dela”, disse Gominho, amigo de Preta Gil, ao receber um diamante feito a partir da própria cantora
Quatro meses após a morte de Preta Gil, amigos e familiares da cantora passam, agora, a andar com uma “parte dela” em formato de joia. Seguindo um desejo da própria artista, as cinzas dela foram transformadas em diamantes – e, recentemente, amigos próximos da cantora mostraram as peças emocionados.
Cinzas de Preta Gil viram diamantes para familiares e amigos

Em vida e antes da progressão do câncer colorretal, Preta Gil – que morreu em julho deste ano por complicações da doença – disse aos amigos que achava “chique” virar uma joia após morrer. Agora, amigos e familiares da cantora estão vendo exatamente isso se realizar, com parte das cinzas da artista virando diamantes.
No “Fantástico”, dois dos amigos próximos de Preta, Gominho e Duh Marinho, falaram sobre a iniciativa. O primeiro, por exemplo, deixou claro que a ideia de “se tornar” um diamante após a morte é algo que tem tudo a ver com o que Preta Gil foi e representou em vida.

“Ela era um diamante mesmo. Bruto – nunca foi lapidada. Quando ela queria, se lapidar. É uma das coisas que aprendi com ela”, descreveu Gominho que, assim como Duh Marinho e outra amiga deles, Malu Borges, mostrou a joia feita a partir da cantora no Instagram.
Ao todo, 12 diamantes foram criados. Outras peças também foram ou serão destinados para Jude Paulla, outra amiga da cantora, a neta da artista, Sol de Maria, a mãe dela, Sandra Gadelha, e outros integrantes da família Gil.
Como é feito o diamante de cinzas?

Na natureza, diamantes se formam a partir do grafite, que vem do elemento químico carbono. Muito lentamente, esse material se torna um diamante ao ser submetido a mudanças de pressão e temperatura ao longo de muitos e muitos anos. Em laboratório, o processo é o mesmo, mas acelerado.
Tudo começa com as cinzas, de onde é extraído o carbono em pó. Ele é então submetido a pressão e temperaturas altíssimas para que se torne uma pastilha de grafite que facilita o processo. A partir disso, a pastilha é colocada dentro de uma cápsula com componentes que aplicam pressão e elevam a temperatura, que fica em torno de 2 mil e 3 mil graus celsius.

A prensa, que imita as condições da crosta terrestre com pressão comparada a “todo o peso do Monte Everest sobre a cabeça de uma agulha”, cria então um diamante legítimo com certificação microscópica e o nome da pessoa gravados a laser no interior da peça.
No caso dos diamantes mostrados pelos amigos de Preta, o processo começa em um laboratório em São Paulo, e as pastilhas de grafite são finalizadas na Índia. Já os diamantes destinados à família Gil terão produção totalmente natural em um laboratório de Curitiba.

