A história do Maníaco do Parque, serial killer que chocou o Brasil, sofreu adaptação para o filme do Prime Video
O filme “Maníaco do Parque”, que relembra os crimes cometidos pelo motoboy Francisco de Assis, mistura fato e ficção para trazer mais emoção à trajetória do serial killer. Protagonizado por Silvero Pereira, o longa adaptou alguns fatos reais. Saiba as principais diferenças!
“Maníaco do Parque”: o que não é real no filme do serial killer
Nos anos 90, Francisco, que ficou conhecido globalmente como Maníaco do Parque, aterrorizou São Paulo ao assassinar mulheres e esconder seus corpos no Parque do Estado.
O motoboy atraia mulheres em vulnerabilidade com falsas propostas de emprego, torturando e matando as vítimas no local, em seguida. Os cadáveres, além disso, sofriam abuso sexual por parte do serial killer.
A maior diferença, entretanto, está na forma como o Maníaco do Parque foi capturado pela polícia. No filme, Helena, jornalista interpretada por Giovanna Grigio, desvenda os crimes de Francisco ao investigá-lo.
Na vida real, no entanto, Helena não existiu. A jornalista surgiu para dar mais emoção e protagonismo feminino dentro do filme inspirado nos fatos reais. Preso em 1998, após busca policial, o Maníaco do Parque confessou ter matado 11 mulheres.
“A gente escolheu uma protagonista mulher que não existiu, que talvez seja a coisa mais ficção desse filme. A Helena representa uma jornalista que vive numa redação tóxica, machista, e ela, buscando seu lugar ao sol, está ali lutando contra esses homens”, explicou o diretor Maurício Eça ao UOL.
“Ela tem uma transformação nessa história. No momento que ela descobre que essa história não é sobre o maníaco, que a história é sobre essas mulheres, sobre essas vítimas”, garantiu ainda, na mesma entrevista.
Diferente do que foi mostrado pelo filme, a busca começou após um garoto entrar na mata para procurar uma pipa e encontrar um corpo, identificado, posteriormente, como de Selma Ferreira.
Como o Maníaco do Parque foi parar na prisão
Em “Maníaco do Parque”, em contrapartida, um senhor é quem encontra a pista, com corte para a redação do jornal. Da mesma forma, o filme se aproxima da realidade ao mostrar a autópsia e lesões encontradas na vítima.
Em ambos, Francisco deixou a empresa em que trabalhava às pressas após ser descoberto pela polícia. Entretanto, a prisão teve um único detalhe adaptado para a ficção, onde o serial killer faz amizade com o dono de uma casa, que volta com a polícia para prendê-lo.
O criminoso fugiu para o Rio Grande do Sul, próximo à fronteira com a Argentina, onde teve captura consagrada após buscas rigorosas. Francisco teria pedido para uma dona de casa deixá-lo tomar banho, quando a mesma o reconheceu.
Documentário sobre o “Maníaco do Parque”
O documentário “Maníaco do Parque: A História Não Contada”, também do Prime Video, vai focar totalmente nos aspectos reais do crime e chegou ao streaming nessa sexta-feira (1).
Com quatro episódios, a série documental vai apresentar um olhar profundo através dos testemunhos das sobreviventes, além dos familiares das vítimas.
Além disso, gravações do próprio Francisco, que pode sair em 2028, constam na série documental. A decisão pode acontecer com base na constituição da época que limitava a 30 anos a prisão máxima.