Cena do filme "Maníaco do Parque" (Crédito: Reprodução/YouTube Prime Video Brasil)

Diferenças entre o filme do Maníaco do Parque e a história real: o que mudou

A história do Maníaco do Parque, serial killer que chocou o Brasil, sofreu adaptação para o filme do Prime Video

O filme “Maníaco do Parque”, que relembra os crimes cometidos pelo motoboy Francisco de Assis, mistura fato e ficção para trazer mais emoção à trajetória do serial killer. Protagonizado por Silvero Pereira, o longa adaptou alguns fatos reais. Saiba as principais diferenças!

“Maníaco do Parque”: o que não é real no filme do serial killer

Nos anos 90, Francisco, que ficou conhecido globalmente como Maníaco do Parque, aterrorizou São Paulo ao assassinar mulheres e esconder seus corpos no Parque do Estado.

O motoboy atraia mulheres em vulnerabilidade com falsas propostas de emprego, torturando e matando as vítimas no local, em seguida. Os cadáveres, além disso, sofriam abuso sexual por parte do serial killer.

A maior diferença, entretanto, está na forma como o Maníaco do Parque foi capturado pela polícia. No filme, Helena, jornalista interpretada por Giovanna Grigio, desvenda os crimes de Francisco ao investigá-lo.

Helena (Giovanna Grigio) em “Maníaco do Parque” (Crédito: Prime Video)

Na vida real, no entanto, Helena não existiu. A jornalista surgiu para dar mais emoção e protagonismo feminino dentro do filme inspirado nos fatos reais. Preso em 1998, após busca policial, o Maníaco do Parque confessou ter matado 11 mulheres.

“A gente escolheu uma protagonista mulher que não existiu, que talvez seja a coisa mais ficção desse filme. A Helena representa uma jornalista que vive numa redação tóxica, machista, e ela, buscando seu lugar ao sol, está ali lutando contra esses homens”, explicou o diretor Maurício Eça ao UOL.

“Ela tem uma transformação nessa história. No momento que ela descobre que essa história não é sobre o maníaco, que a história é sobre essas mulheres, sobre essas vítimas”, garantiu ainda, na mesma entrevista.

Francisco Pereira, o Maníaco do Parque, e Silvero Pereira (Crédito: Reprodução/Instagram @silveropereira)

Diferente do que foi mostrado pelo filme, a busca começou após um garoto entrar na mata para procurar uma pipa e encontrar um corpo, identificado, posteriormente, como de Selma Ferreira.

Como o Maníaco do Parque foi parar na prisão

Em “Maníaco do Parque”, em contrapartida, um senhor é quem encontra a pista, com corte para a redação do jornal. Da mesma forma, o filme se aproxima da realidade ao mostrar a autópsia e lesões encontradas na vítima.

Em ambos, Francisco deixou a empresa em que trabalhava às pressas após ser descoberto pela polícia. Entretanto, a prisão teve um único detalhe adaptado para a ficção, onde o serial killer faz amizade com o dono de uma casa, que volta com a polícia para prendê-lo.

O criminoso fugiu para o Rio Grande do Sul, próximo à fronteira com a Argentina, onde teve captura consagrada após buscas rigorosas. Francisco teria pedido para uma dona de casa deixá-lo tomar banho, quando a mesma o reconheceu.

Documentário sobre o “Maníaco do Parque”

O documentário “Maníaco do Parque: A História Não Contada”, também do Prime Video, vai focar totalmente nos aspectos reais do crime e chegou ao streaming nessa sexta-feira (1).

Com quatro episódios, a série documental vai apresentar um olhar profundo através dos testemunhos das sobreviventes, além dos familiares das vítimas.

“O Maníaco do Parque” (Crédito: Reprodução/Youtube/Brasil Urgente)

Além disso, gravações do próprio Francisco, que pode sair em 2028, constam na série documental. A decisão pode acontecer com base na constituição da época que limitava a 30 anos a prisão máxima.

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