Filha de Dom Pedro II e Teresa Cristina, a princesa Leopoldina é um dos membros da família imperial que tem uma história bem impressionante. Ao longo dos seus 23 anos de vida — já que teve uma morte prematura —, a moça renunciou aos seus títulos por amor e, ao contrário de outros relacionamentos da época, teve um casamento verdadeiro e apaixonado, assim como é retratado na novela “Nos Tempos do Imperador”.
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História real da princesa Leopoldina
Leopoldina nasceu em 13 de julho de 1847, no Rio de Janeiro, e foi a segunda filha de Pedro II e de Teresa Cristina. Desde pequena, a princesa teve uma educação impecável: sua preceptora, assim como a de princesa Isabel, foi Luísa, a Condessa de Barral.
A educadora iniciou as suas funções em 1855, quando Leopoldina tinha apenas 8 anos. As princesas seguiam um elaborado e rigoroso sistema de estudos, que era vigiado constantemente pelo Imperador.
Na década de 1860, Dom Pedro II, Teresa Cristina e Luísa, a Condessa de Barral, iniciaram a busca pelos futuros maridos das princesas.
Em certo ponto, sugeriu-se que Isabel fosse prometida ao príncipe Luís Augusto de Saxe-Coburgo-Gota, e que Leopoldina se casasse com Gastão de Orléans, o Conde d’Eu. Os dois homens viajaram ao Brasil em agosto de 1864 para que os quatro pudessem se conhecer antes do acordo final entre as famílias ser fechado.
Acontece que, durante os encontros, algo curioso aconteceu: Isabel se apaixonou pelo Conde d’Eu, enquanto Leopoldina ficou encantada por Luís Augusto. Por essa razão, as princesas acabaram trocando de noivos e se casando com os pretendentes que, a princípio, não eram seus.
Apaixonados, Leopoldina e Luís Augusto casaram-se em 15 de dezembro de 1864. O casal então passou a morar em um palacete vizinho ao Palácio de São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Com o casório, ela abriu mão do título de princesa do Brasil e passou a ser a princesa de Saxe-Coburgo-Gota e duquesa de Saxe.
Em março de 1866, Leopoldina deu à luz o seu primeiro filho com o Duque de Saxe, o príncipe Pedro Augusto. A partir de então, a princesa passou a viver entre o Brasil e a Europa.
Para os nascimentos de Dom Augusto e Dom José Fernando — 1867 e 1869, respectivamente —, Leopoldina e Luís Augusto voltaram ao Brasil. No entanto, quando descobriu-se grávida do quarto filho, a princesa decidiu que não voltaria à sua terra natal. O príncipe Luís Gastão nasceu em 1870, na Áustria.
A história de Leopoldina, no entanto, foi curta. No início de 1871, aos 23 anos e mãe de quatro filhos, ela apresentou os primeiros sintomas da febre tifoide — doença bacteriana ocorrida em regiões com saneamento básico precário, que é transmitida pela ingestão de água contaminada. Nesta época, a jovem morava em Viena, na Áustria.
O quadro evoluiu rapidamente, e a princesa passou a sofrer delírios e convulsões. Ela faleceu em 7 de fevereiro daquele mesmo ano.