Polêmicas de Ayrton Senna que ficaram de fora da minissérie na Netflix

Em “Senna”, minissérie da Netflix, três polêmicas envolvendo a vida do piloto não chegaram a ganhar espaço

Uma das minisséries mais assistidas pelos brasileiros na Netflix, “Senna”, que conta a trajetória do piloto de Fórmula 1, deixou de fora algumas polêmicas envolvendo a vida de Ayrton Senna. Protagonizada por Gabriel Leone, a trama ignorou três fatos sobre a vida do famoso, incluindo um antigo relacionamento.

“Senna” na Netflix: polêmicas que ficaram fora da minissérie

Namoro secreto de Senna e Adriane Yamin

No decorrer dos seis episódios, “Senna” aborda três relacionamentos de Ayrton Senna: com Xuxa (Pâmela Tomé), Adriane Galisteu (Julia Foti), de forma mais superficial, bem como Lilian Vasconcelos (Alice Wegmann), a única mulher com quem ele se casou.

No entanto, Senna também namorou Adriane Yamin, em relação quase secreta. Os dois começaram a se relacionar em 1984, quando o piloto tinha 24 anos, enquanto Adriane tinha apenas 15.

Conhecidos de infância, o ex-casal ficou junto por quatro anos, depois que se encontram em Angra dos Reis, no iate do pai dela. A relação, em contrapartida, contava com regras que precisavam ser respeitadas.

Ayrton Senna (Crédito: Reprodução/ Instagram @sennabrasil|Angelo Orsi)

Os dois não mantiveram relações sexuais até Adriane completar 18 anos, à pedido da família. Da mesma forma, os parentes também quiseram preservá-la da carreira e dos compromissos de Senna.

Em “Minha Garota”, livro publicado em 2019, Adriane, que conta a história do romance, garante que, se Senna não tivesse morrido, os dois teriam reatado o namoro do ponto que pararam.

Participação de Nelson Piquet

Apesar de aparecer na série, Nelson Piquet, interpretado por Hugo Bonemer, teve papel muito mais marcante na vida de Senna. Da mesma forma que Alain Prost, o piloto foi responsável por espalhar rumores sobre a sexualidade do colega de profissão.

Senna série
Hugo Bonemer como Nelson Piquet (Crédito: Reprodução/Instagram @netflix)

Na biografia “Senna, O Herói Revelado”, Ernesto Rodrigues conta que “o estranhamento provocado por Senna e a forma avassaladora com que ele conquistou seu espaço” fez com que “Prost, Piquet, adversários e rivais na pista, e alguns poucos jornalistas brasileiros que não simpatizavam com ele” reagissem com hostilidade, criando “brincadeiras” sobre uma possível homossexualidade.

Júnior, que era amigo de Senna e colaborou em sua equipe, se tornou alvo das provocações. Nesse meio tempo, nas vésperas do GP da Áustria em 1987, Piquet e Prost chegaram a oferecer dinheiro para camareira entregar com quem o piloto estaria dentro do quarto. As alegações, portanto, abalaram a amizade.

Agressões nos bastidores

A minissérie da Netflix não esconde o lado mais agressivo de Senna, que não aliviada para os seus adversários, chegando a se envolver em discussões mais acaloradas, como com Prost, por exemplo.

Em 1985, quando estava no primeiro ano na Lotus, Senna fechou o companheiro de equipe, Elio de Angelis e, nos boxes, acabou em uma discussão em que levou um soco do italiano.

Senna série
Gabriel Leone como Ayrton Senna (Crédito: Reprodução/Instagram @netflix)

Em 1987, Senna foi atingido por Nigel Mansell, que não gostou de uma manobra do brasileiro no GP da Bélgica, onde ambos foram tirados da corrida. Posteriormente, em 1992, o piloto se irritou com Schumacher na França e chegou a pegá-lo pelo colarinho, acertando Eddie Irvine em outra discussão nos boxes, em 1993.

“Senna”