“Meu Ayrton por Adriane Galisteu” traz revelações inéditas sobre Ayrton Senna e Adriane Galisteu de nova perspectiva
“Meu Ayrton por Adriane Galisteu”, série documental de dois episódios da HBO Max, revisita, com um olhar íntimo e revelações inéditas, o relacionamento da apresentadora Adriane Galisteu com o piloto Ayrton Senna, nos anos 1990, incluindo as polêmicas que fizeram parte da história de amor.
A produção se baseia no livro “Caminho das Borboletas: Meus 405 dias ao lado de Ayrton Senna”, escrito pela própria Galisteu em 1994, buscando apresentar a versão dela dos acontecimentos, muitas vezes ignorada ou minimizada na narrativa pública, como aconteceu na série do Senna na Netflix.
Confira os detalhes que mais surpreenderam!
“Meu Ayrton por Adriane Galisteu”: maiores revelações da série
Última conversa de Adriane Galisteu com Ayrton Senna
A conversa aconteceu poucos minutos antes da trágica morte de Ayrton Senna, em maio de 1994, por telefone. De acordo com a série, essa foi a primeira ligação feita pelo piloto antes de uma corrida importante, já que sempre prezou por momentos de concentração para o início.
A apresentadora, portanto, se surpreendeu com a chamada de Senna, que estava em Ímola, na Itália, para disputar o Grande Prêmio de San Marino. “Isso era impossível. Ele costumava ficar em silêncio por 24 horas. Imagine se ele iria querer conversar tão pouco tempo antes de uma prova, mesmo que fosse com a mãe dele”, relembrou Galisteu.

Durante a ligação, Senna afirmou estar aliviado em escutar a voz da namorada, em uma semana marcada por tensão, bem como acidentes na região. “Como é bom escutar a sua voz”, declarou o piloto. Galisteu, em seguida, questionou como estavam as coisas em Ímola.
“Está tudo uma me***! Uma me***, uma me***”, entregou Senna, visivelmente descontente. Contudo, a apresentadora chegou a perguntar também sobre o acidente de Rubens Barrichello, dias antes, quando o namorado comentou sobre outra vítima.
“Foi um austríaco. Um menino. Bateu e morreu. Eu vi”, contou Senna, sobre Roland Ratzenberger, que se acidentou durante os treinos classificatórios do Grande Prêmio de San Marino. Segundo informações do UOL, o austríaco colidiu a mais de 300 km/h devido a danos no carro e não resistiu aos ferimentos.
A apresentadora demonstrou apreensão em deixá-lo correr e os dois discutiram como resultado. “Ele ficou bravo comigo no telefone porque ele já estava irritado com tudo o que estava acontecendo. Ele não gostou de me ouvir dizendo que não era para ele correr […] Foi cruel em todos os sentidos. Ele queria e precisava correr para pontuar no campeonato daquele ano”.
Dica de Pelé para Adriane Galisteu
Pelé foi muito importante para Adriane Galisteu, logo após a morte de Senna, dando conselhos para a apresentadora, que enfrentou críticas negativas e ganhou repercussão negativa na imprensa. A conversa posteriormente mudou a forma que enxergava os comentários maldosos e julgamentos injustos.

Durante um jantar, Pelé disparou para Galisteu: “Não leia nada que não for bom”. A apresentadora, fragilizada, optou por fazer o que foi sugerido e rapidamente percebeu os benefícios. O jogador também lembrou que as notícias e até escândalos publicados em jornais seriam “para embrulhar peixe no dia seguinte” e não teriam mais tanta importância.
Polêmica entre Adriane Galisteu e a família Senna
“Meu Ayrton por Adriane Galisteu” foi lançada pouco menos de um ano de “Senna”, produção da Netflix apoiada pela família, que deu pouco espaço à história do piloto com a apresentadora. Galisteu, no entanto, garantiu que a série documental não foi uma resposta.
“Não é nenhum tipo de polêmica. Esse documentário não é uma resposta. […] Não sou uma mulher que julga o que você faz comigo”, declarou, em coletiva de imprensa. “Minha mãe me ensinou que eu não preciso dizer que o dos outros está errado. Basta defender que o meu está certo”.
“Todos sabem que ele era um herói nas pistas, e todas as produções são muito válidas e merecidas. Ninguém tratou o Ayrton como um herói sem capacete, e vocês também precisam saber do tamanho do coração deste homem”, justificou, em seguida.

“Para contar essa história, tinha que ser eu. Eu estava lá, ao lado, nos últimos 18 meses da vida dele. Não tem como isso ser apagado. Por mais que contem histórias que passem por cima disso, de um jeito ou de outro, fui em quem vivi uma história como namorada e mulher ao lado dele. É uma história muito minha”.
Na série documental, Adriane Galisteu chega a afirmar: “Eu acho que nem a família do Ayrton conseguiria, agora, ser capaz de contar a história dele como homem”. A relação com os familiares se revelou ainda mais estremecida após a morte e velório de Senna e já rendeu algumas indiretas publicamente.
A apresentadora, no entanto, reconheceu a dor da mãe, Neyde Senna, ao perdê-lo. “Perdi um namorado, o Brasil perdeu um ídolo. Eu não queria competir com ninguém, mas uma dor profunda e genuína era da mãe. Essa dor não consegue comparar. Eu chorava pela dor do luto e também por ter perdido meu chão”.
Adriane Galisteu relembrou o velório de Senna
Na época, as notícias afirmavam que Galisteu tinha sido ignorada pela família Senna no velório, ficando em uma área distante deles enquanto o corpo era velado. Em “Meu Ayrton por Adriane Galisteu”, a apresentadora dividiu, a princípio, o que realmente sentiu naquele dia.
“Essas coisas todas são percepções de fora para dentro. Eu estava ali vivendo aquela minha dor, não estava olhando se tinha alguém fazendo assim ou assado”, confessou. “A dor era tão grande que fui sendo levada. Então isso foi percebido pelos outros de um jeito que eu não percebi por causa da dor e da imaturidade da época”.

A apresentadora começou a perceber logo depois, quando viu as fotos e a repercussão na mídia. “Fui perceber essa cena muito depois em revistas. Daí olhei para aquela cena com o mesmo olhar que todo mundo olhou. Falei ‘Nossa, realmente foi pesado, difícil e triste’. Mas nada poderia ser mais triste do que a própria situação”.
Relacionamento de Ayrton Senna e Xuxa Meneghel
Compartilhando detalhes do relacionamento com Ayrton Senna, Adriane Galisteu relembrou conversas que tiveram sobre amores do passado, incluindo, assim, Xuxa Meneghel. A “rainha dos baixinhos” namorou o piloto por cerca de dois anos, de 1988 a 1990, mantendo contato mesmo após o término.
A apresentadora contou, na série da HBO Max, que Senna afirmou que o envolvimento terminou por decisão de Xuxa, motivada por questões profissionais. “Esse relacionamento não tinha dado certo porque ela não quis mais, que era uma questão profissional e que ele decidiu, então, depois de ter sofrido por um ano, não mexer mais com esse assunto”.

A equipe envolvida na série documental, nesse meio tempo, chegou a procurar a família Senna e Xuxa Meneghel para contribuírem com o projeto. As duas partes, no entanto, recusaram o convite, alegando compromissos contratuais e dificuldades de agenda.
“Meu Ayrton por Adriane Galisteu” está disponível na HBO Max.

