“Crime da 113 Sul”, série original do Globoplay, relembra crime que chocou Brasília, com depoimentos inéditos
Um dos crimes mais brutais e enigmáticos da história de Brasília vai virar série no Globoplay. A tragédia, contada com detalhes em “Crime da 113 Sul”, aconteceu em 28 de agosto de 2009, quando um ex-político e outras duas pessoas foram assassinadas de forma cruel, em um apartamento luxuoso.
Confira todos os detalhes da produção!
“Crime da 113 Sul”: série do Globoplay mostra crime em Brasília
Sinopse de “Crime da 113 Sul”
Em um luxuoso apartamento na quadra 113 da Asa Sul, em Brasília, três pessoas foram assassinadas com mais de 70 facadas em 28 de agosto de 2009. As vítimas foram o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), José Guilherme Villela; sua esposa Maria Carvalho Villela; e a empregada do casal, Francisca Nascimento da Silva.
A série original do Globoplay, portanto, resgata vídeos exclusivos e depoimentos inéditos que expõem fragilidades ao longo da investigação, com três delegacias que não responderam todas as dúvidas sobre a participação dos condenados pela Justiça.
Quantos episódios tem “Crime da 113 Sul” no Globoplay
A série, que acompanha o crime real que ocorreu em Brasília, tem quatro episódios. Os jornalistas da TV Globo de Brasília optaram por fazer, sobretudo, uma releitura das mais de 16 mil páginas do processo.
Além disso, os âncoras entrevistam testemunhas, advogados, delegados e promotores responsáveis pelo caso, além de alguns dos condenados, com revelações inesperadas e cenas fortes.
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Adriana Villela em depoimento inédito
A filha do casal, Adriana Villela, foi acusada de ser a mandante do crime. Discreta, a herdeira optou por não falar com a imprensa, mas deu seu primeiro depoimento na série original do Globoplay. A acusada apresenta a sua versão sobre a conclusão das investigações.
Durante a apuração, a equipe encontrou novos elementos e uma testemunha, ignorados pela polícia, o que pode ter prejudicado a elucidação do caso.
“Nós fizemos a nossa própria investigação sobre o caso e mostramos ponto a ponto as nossas descobertas ao longo dos quatro episódios”, explicou Luiz Avila, diretor de Jornalismo da TV Globo em Brasília e diretor do documentário.
Investigações por trás de “Crime da 113 Sul”
Em 2010, entretanto, dois suspeitos confessaram os assassinatos: Leonardo Campos Alves, ex-porteiro do prédio; e seu sobrinho, Paulo Cardoso Santana. Inicialmente, os dois alegaram ter invadido a residência para roubar joias e objetos de valor, mas mudaram o depoimento e acusaram Adriana.
As várias versões acabaram levantando dúvidas sobre a credibilidade das confissões. Como resultado, os jornalistas mergulharam em todo o processo, conseguindo novas entrevistas com personagens que ao longo de depoimentos à polícia ajudaram a construir as teses vitoriosas do Ministério Público.
Nesse meio tempo, a investigação ficou marcada por várias polêmicas, incluindo acusações de tortura por parte de investigadores, o uso de uma vidente para apontar suspeitos e a prisão de uma delegada por forjar provas.
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“Inicialmente pensamos no documentário para revisitar um caso emblemático 15 anos depois. Conforme fomos avançando na história, observamos que de fato existem muitas dúvidas, muitos buracos. Muita coisa não é exatamente aquilo que a polícia e o noticiário da época faziam parecer”, comentou o roteirista Reynaldo Turollo Jr.
“Crime da 113 Sul”: caso pode sofrer reviravoltas
De acordo com informações do Gshow, Paulo, um dos condenados, afirmou à ONG Innocence Project que Francisco Mairlon, outro réu, é inocente e que sua incriminação foi forjada. A defesa, porém, busca a absolvição e consequente libertação.
Da mesma forma, Paulo voltou atrás em suas acusações contra Adriana, que aguarda em liberdade o julgamento de seu recurso no Superior Tribunal de Justiça, marcado para começar em 11 de março desse ano.
Com direção de Luiz Avila, “Crime da 113 Sul” está disponível no Globoplay, para assinantes, desde 22 de fevereiro.