Após décadas do lançamento, “Tieta” debate temas de forte impacto atual, provocando reflexões
“Tieta”, de volta ao “Vale a Pena Ver de Novo” da Globo, continua sendo atual, mesmo tendo completado 35 anos de sua estreia nas telinhas da emissora. Adaptação do romance “Tieta do Agreste”, de Jorge Amado, a novela discute temas de forte impacto social. Entenda!
“Tieta”: novela da Globo continua atual após 35 anos
Ambientada na cidadezinha fictícia de Santana do Agreste, a trama gira em torno de Tieta (Claudia Ohana/Betty Faria), uma jovem de 18 anos. Como resultado de sua rebeldia e comportamento liberal para a época, acaba expulsa de sua cidade natal pelo próprio pai, Zé Esteves (Sebastião Vasconcelos).
Marcante, a protagonista representa uma mulher empoderada, livre, forte, que, desde o primeiro capítulo, desafia as regras da sociedade. Exibida no fim dos anos 80, a novela fala sobre a importância da mulher não depender do casamento para sobreviver, rompendo com padrões da época.
Tieta, portanto, já era um exemplo de resistência feminina. Além disso, a novela também fala sobre liberdade sexual, repressão, machismo, bem como escancara a hipocrisia da sociedade, que permanece a mesma nos dias atuais.
O machismo, por exemplo, aparece em cenas que mostram como as mulheres eram tratadas pelos homens, além de menosprezarem uma a outra, no caso de Perpétua (Joana Fomm), incomodada com as atitudes transgressoras da irmã, que dispara falas machistas contra Tieta.
Da mesma forma, muitos personagens vivem suas vidas às escondidas e, às claras, mostram apenas o que é aceito pela sociedade. Em crítica direta à hipocrisia, “Tieta” busca escancarar muitas coisas que estavam errado no passado e, posteriormente, pouco mudaram.