Renata Sorrah elogia o remake de Vale Tudo e pede menos comparações com a versão original. Para ela, é hora da nova geração brilhar por conta própria
Renata Sorrah, que marcou época como a icônica Heleninha Roitman na novela “Vale Tudo” de 1988, comentou o remake da trama durante entrevista ao programa Sem Censura, da TV Brasil. Aos 78 anos, a atriz foi só elogios ao novo elenco e à produção, mas também fez um apelo: que o público permita que a nova versão encontre seu próprio caminho, sem depender de comparações com o passado.
Renata Sorrah fala o que acha de “Vale Tudo”
Durante sua participação no programa Sem Censura, exibido pela TV Brasil e apresentado por Cissa Guimarães, a veterana Renata Sorrah, 78, compartilhou sua visão sobre o remake da clássica novela Vale Tudo. Ela viveu Heleninha Roitman na versão original, exibida em 1988, e agora vê Paolla Oliveira dar vida à mesma personagem na nova adaptação da trama.
Com entusiasmo, Sorrah elogiou a produção atual e destacou a importância de deixar que a nova versão caminhe com identidade própria:
“O elenco atual é maravilhoso, a Manu [Dias, a criadora] é ótima! Foram 36 anos desde então, acho que eles têm que desgrudar da gente, irem sozinhos (…). A história é ótima, eles estão ótimos, mas tem que desgrudar para ser muito bom. Porque parece que a história só anda se comparar. Ficam colocando muito a Beatriz [Segall], tem que parar, para deixar a Débora [Bloch] entrar, de rainha, maravilhosa”, disse a atriz.
Ela ressaltou que as comparações com a novela original estão mais ligadas ao comportamento dos fãs nas redes sociais do que ao trabalho da equipe atual: “Eles não têm culpa, quem está fazendo isso são as redes sociais. Eles fazem uma cena excelente e imediatamente colocam a cena do passado. Não tem que comparar, estão ótimos”.
Renata também celebrou os avanços e diferenças do remake em relação à versão de 1988, destacando a representatividade e inclusão: “Esse remake tem duas coisas maravilhosas: uma protagonista negra, que não tinha nenhum personagem preto na primeira, acho que um menino. E Bella Campos também”.
Outro ponto que a atriz valorizou foi a forma como a nova versão abordou a temática LGBTQIA+, algo que enfrentava grandes barreiras há 36 anos: “Outra coisa que é uma conquista de agora é o casal gay da época, o público obrigou a matar uma delas, e matou. Eram duas atrizes maravilhosas [Cristina Prochaska e Lala Deheinzelin]. O público não aceitou, e o Gilberto teve que matar uma delas”.
Sobre Paolla Oliveira, que agora interpreta sua antiga personagem, Renata foi só elogios: “Ela é incrível como pessoa e ótima atriz, e está fazendo [Heleninha] lindamente”.
