Antonio Fagundes recusou papel em “A Viagem”, mas mudou de ideia ao saber que contracenaria com Christiane Torloni
“A Viagem”, exibida originalmente entre abril e outubro de 1994, marcou a carreira de Antonio Fagundes. Entretanto, o ator chegou a recusar o papel de Otávio na novela da Globo, mas mudou de ideia por causa de Christiane Torloni, com quem tem uma grande amizade. Confira detalhes!
Antonio Fagundes aceitou papel em “A Viagem” por Chris Torloni
Na estreia do Podcast Novelão, do jornal O Globo, Antonio e Christiane foram entrevistados e relembraram os bastidores de “A Viagem”, onde interpretaram um par romântico. Na novela, Otávio, um advogado que coloca Alexandre (Guilherme Fontes) na cadeia, mantém um relacionamento com Diná (Christiane Torloni), irmã dele.
“Era uma novela que já tinha sido feita na TV Tupi há muito tempo, mas a emissora queimava os produtos. Eles gravavam futebol em cima da novela. Não teve quase arquivo da Tupi. Aí eu falei: ‘Então é realmente um remake, porque você não vai ter referência’. Eu achei interessante”, declarou, para a apresentadora, Anna Luiza Santiago.

Na época, Antonio Fagundes tinha acabado de finalizar as gravações de “Renascer”, de 1993, se sentindo esgotado para emendar outro projeto. “Eu entrava em 90% da novela e estava muito cansado. Eu neguei, falei que não, que eu não ia conseguir fazer, que eu estava cansado, porque eu sempre fiz teatro junto, então estava meio complicado”, confessou o veterano.
De acordo com Fagundes, Wolf Maya contou que Christiane Torloni faria parte do projeto, levando o ator a mudar de ideia. “Mas aí o Wolf falou: ‘A Christiane que vai fazer’. Ele jogou com os dois. Para ela, falou que eu ia fazer. Aí eu fiquei meio assim e falei: ‘Então, tá. Então eu faço'”, relembrou, em seguida.
Atores nunca esqueceram os bastidores de “A Viagem”
“Mas depois pensei: ‘Meu Deus, eu vou me arrebentar, eu estou cansado, vai ser difícil’. E no fim foi uma maravilha, muito gostoso. A gravação era muito gostosa e tranquila. A novela com aquele astral maravilhoso. Até ajudou a gente”.
“O começo era muito impactante, né? Os personagens começam em conflito e ele [Otávio] se apaixona no conflito. Então ele vai conquistar ela [Diná] no meio do conflito. Ela quer ver o diabo na frente, não quer ver o advogado que está processando o irmão, né? E ela era insuportável, mas ele dizia coisas lindas para ela”, acrescentou Torloni.

Na visão de Fagundes, a construção do casal trouxe mais destaque à trama. “Uma estrutura dramatúrgica bem bolada. Essa coisa de você ver o público percebendo que eles se odeiam, mas tem um amor rolando por baixo e o público torcendo por isso. Acho que é muito melhor do que aquele casal que se separa e se encontra no último capítulo”.
Assista ao podcast na íntegra: