Victor Frankenstein e criatura

“Frankenstein”: quais a diferença entre a história do livro e novo filme da Netflix?

O livro original de “Frankenstein” foi escrito em 1818 pela escritora britânica Mary Shelley

“Frankenstein”, novo filme da Netflix, impactou telespectadoras com o retorno da criação da Criatura, caracterização e efeitos inovadores. Apesar de trazer de volta a história, escrita originalmente pela escritora Mary Shelley, a produção da Netflix fez algumas alterações na trama. Além de personagem novo, o longa também trouxe outro contexto e final comparado ao livro original.

Saiba as principais diferenças entre a obra original e o filme

Criatura não é assassina

No livro de Mary Shelley, a Criatura mata o irmão de Victor Frankenstein, o amigo dele e Elizabeth. Já no longa da Netflix, o monstro, interpretado por Jacob Elordi, é violento por legítima defesa.

A história no filme tira o foco de vilão, e ressalta a Criatura como uma vítima de abandono e intolerância.

História de Victor Frankenstein é outra

Enquanto na obra original, Victor cresceu em um lar cheio de amor e com estabilidade. No filme, o criador da Criatura viveu uma realidade difícil na infância.

Victor Frankenstein (Oscar Isaac) perde a mãe quando criança e acaba sendo criado por um pai rígido. Os traumas resultam na obsessão dele em controlar a vida e desafiar a morte. Além disso, ele cresce com muita ambição, o que faz com que siga com o experimento ousado.

Henrich Harlander é personagem original do filme

Mary Shelley não criou o personagem Henrich Harlander (Christoph Waltz). O magnata, que está morrendo de sífilis, é, na verdade, uma crítica moderna feita pelo filme.

Responsável por financiar o experimento de Victor, Henrich simboliza a busca da elite em dominar a imortalidade e ganância em dominar a ciência.

A criação da Criatura

A descrição de Mary Shelley sobre a criação da Criatura é pouco descritiva e mantém um clima misterioso sobre o que será o monstro.

Já na produção do streaming, a criação de Victor é longa, além de mostrar os detalhes explícitos do processo feito pelo cientista. O filme traz uma sequência visual que destaca a frieza de Victor na manipulação dos corpos.

Elizabeth é mais presente e consciente

A personagem Elizabeth está presente no livro, mas se mostra passiva e pouco central na narrativa. Enquanto o filme aborda uma trama oposta para ela.

O longa a apresenta como um cientista independente e questionadora, que até cria afeição pela criatura. Elizabeth (Mia Goth) se torna central no filme ao criar uma reflexão sobre os limites da ciência.

Final com redenção no lugar do terrror

O fim de “Frankenstein” trouxe uma nova realidade para a Criatura. Diferente da tragédia no final da obra de Shelley, o longa deixa de lado o tom sombrio e traz uma imagem de redenção.

Guilhermo Del Toro, diretor do filme da Netflix, finaliza o filme com um diálogo final entre criador e Criatura com ar de conciliação e arrependimentos.

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