Caso Eliza Samúdio: delegado expõe detalhes inéditos fora do documentário

Edson Moreira, delegado responsável pelo caso Eliza Samúdio, abriu o jogo sobre fatos inéditos das investigações

O caso Eliza Samudio, que ganhou repercussão em 2010, continua em alta em documentário da Netflix. A modelo sofreu assassinato a mando do ex-goleiro Bruno em um dos crimes mais brutais da história do Brasil recentemente. O delegado responsável pelo caso, contudo, comentou detalhes inéditos.

Caso Eliza Samudio: delegado quebra silêncio sobre o crime

Eliza Samudio voltou aos holofotes após o lançamento do documentário “A Vítima Invisível: O Caso Eliza Samúdio”. A trama da Netflix mostra como a modelo se envolveu com o ex-goleiro Bruno e acabou sendo vítima de assassinato.

Bruno premeditou o crime com a ajuda de várias pessoas, incluindo um grande amigo, Macarrão, além de Bola, ex-policial, que foram responsáveis por sequestrarem e matarem Eliza. O ex-goleiro do Flamengo, na época, recebeu condenação e, atualmente, responde em liberdade condicional.

Eliza Samudio (Crédito: Reprodução/Netflix)

Durante uma entrevista no podcast “Pod ou Não Pode”, no início de outubro, Edson Moreira, delegado responsável pelo caso, revelou detalhes inéditos do crime, sobretudo os que ficaram de fora do documentário.

Apesar de enfrentar limitações tecnológicas, Edson conseguiu rastrear o veículo de Bruno, uma Range Rover, e monitorar todas as paradas do carro do Rio de Janeiro até Minas Gerais.

“O rastreador dá o dia do sequestro dela no hotel Transamérica, na Barra da Tijuca, depois a parada e a saída deles do Rio de Janeiro para Minas Gerais. A parada no motel, em Juíz de Fora, ainda no sítio. O Bruno estava em um carro separado”.

De acordo com Edson, o crime começou a ser planejado em fevereiro 2010, mas o desaparecimento de Eliza aconteceu somente em julho. O plano envolvia o sequestro de Eliza no Rio de Janeiro, viagem para Minas Gerais e, em seguida, o assassinato.

Eliza e Bruninho Samudio (Crédito: Reprodução/Netflix/Instagram @bruninho_samudioofc)

“O Zezé colocou o Macarrão e o Bruno em contato com o Bola. Foi combinado que a vítima seria sequestrada no Rio e trazida para Minas Gerais para ser executada aqui. Isso não está no documentário”.

“O Zezé é intermediário e foi o último a ser condenado. No dia 9, o Zezé e o Macarrão conversaram duas horas, isso foi um dia antes. Das 20h até 22h. Era toda trama que ia ter consequência no dia seguinte”, entregou o delegado.

Edson Moreira confirma morte de Eliza Samudio por asfixia

Edson Moreira ainda revelou detalhes da execução da ex-modelo, baseados no depoimento de Jorge, primo do ex-goleiro Bruno e também cúmplice no crime, que confessou o que tinha acontecido às autoridades, arrependido.

“O Jorge, nas declarações que ele dá, ele detalha como a Eliza foi executada. Em cima dessa declaração, eu peguei a parte desse depoimento e fiz quesitos para os médicos legistas do IML, que responderam, quesito por quesito. Foi feito uma espécie de parecer médico legal que aquela morte foi feita por asfixia”.

O delegado expôs ainda que nunca conseguiu ficar a sós com nenhum dos envolvidos no crime e, como resultado, não arrancou informação sobre o possível paradeiro do corpo. Edson desmentiu, além disso, que Ingrid foi noiva de Bruno, sendo apenas mais uma amante do ex-goleiro.

Caso Eliza Samudio