10 filmes independentes que viraram “blockbusters”

Em comparação com os chamado “blockbusters”, os filmes a seguir são quase uma pechincha. Mas, apesar disso, arrecadaram fortunas, ou tornaram-se ícones cult.

Diretores como Roger Corman construíram um verdadeiro Império de filmes experimentais com poucos recursos. Grandes estúdios surgiram em oficinas precárias, garagens e esgotos.
Os 10 filmes a seguir fazem jus à máxima “menos é mais”:

1.  “Sem Destino

“Sem Destino” é um divisor de águas da sétima arte, dentro e fora da grande indústria. O filme foi um marco, quando Hollywood havia perdido os rumos e o contato com o público jovem. O “road movie” foi a carta de apresentação de uma série de talentos imortais tais como Dennis Hopper, Jack Nicholson e Peter Fonda.  

2.   “THX-1138

Quando George Lucas ainda não sonhava em ser atraído para o lado escuro da força. Esta obra é a antítese da “Star Wars”, um filme intenso, incômodo, abstrato e politicamente incorreto. Constrói um “não futuro” desolador, frio e desumano. Ficção científica pura e dura.

3.  “Pink Flamingos

Um dos longas-metragens mais sujos do cinema. Rodado e concebido pela mente de John Waters, gênio do mundo trash e do universo pop. Subverte esquemas, transgride códigos e sacode a consciência de diferentes gerações. O “undergorund” em seu estado puro de anarquia. Uma celebração iconoclasta das periferias, do lixo, dos que estão à margem do status quo.
4.   “Halloween – A Noite do Terror

Um clássico do terror. Pilar do gênero durante o apogeu do chamado “pesadelo americano”; irmão de “O Massacre da Serra Elétrica” e “A Noite dos Mortos-Vivos”.
“Halloween” abre as portas para um dos gênios dos “filmes de terror B”: John Carpenter. Um longa que definitivamente teve péssimas continuações e remakes. O original é ultrajante, de seu plano sequência inicial até o seu fim ambíguo.

5.  “Uma Noite Alucinante – A Morte do Demônio”

O filme inaugura a vertente caricaturesca do terror. Dirigido por Sam Raimi, o pai da trilogia “Homem-Aranha”, “A Morte do Demônio” é sua louca, desequilibrada e vertiginosa obra-prima. Um carrossel de sangue, magias, piadas grosseiras, gargalhadas e efeitos especiais “artesanais”. A piada macabra dos anos 80.

6.  “Sexo, Mentiras e Videotape”

Fenômeno global. Vencedor da Palma de Ouro de Cannes em 1989. O filme catapultou a fama do diretor Steven Soderberg, que escreveu a trama em apenas oito dias e a rodou em cinco semanas. Mescla diferentes formatos e experimenta as infinitas possibilidades das “tecnologias caseiras”.
7. “O Mariachi”

Este filme é o “Cidadão Kane” do cinema de guerrilha, da estética pirata e do “do it yourself”. Deu asas e aumentou a autoestima dos jovens céticos dos anos 90.

8. “Cães de Aluguel”

Uma das glórias de Tarantino. Sua pós-moderna e desconstruída leitura do mundo gangster. “Cães de Aluguel” surpreende por sua hiperviolência totalmente naturalizada por seus personagens comuns e vulgares.

9. “A Bruxa de Blair

O projeto desatou uma onda internacional de medo. Um filme que mexeu com as estruturas do cinema e criou o “mockumentary” de terror. Confundiu os entendidos e os desavisados. Insuperável.
10. “Donnie Darko” e “Memento”

Dois filmes que exploram as fobias, os traumas e os delírios dos primórdios do século XXI. Analisam as sequelas da esquizofrenia coletiva. Submergem o espectador nos labirintos da memória desgarrada de uma sociedade apocalíptica.