5 discos para se entregar aos encantos do trip hop

O trip hop não morreu. E nem deve. No começo de 2016, tanto o Massive Attack quanto Tricky, dois dos principais nomes do gênero que nasceu em Bristol (Inglaterra), lançaram discos e colaboraram novamente, mostrando que ainda há muito a se explorar por este meio em que eletrônica, hip hop e ambiente se complementam para nos agraciar.

Leia também: 7 álbuns dos anos 90 que você tem que escutar

Se ainda não conhece o trip hop, eis um guia básico com 5 álbuns essenciais:

#5 Leila: “Like Weather” (1998)

Trip hop com IDM – isso, claro, porque Richard D. James, o cara por trás do Aphex Twin, ajudou a produzir o disco de estreia de Leila Arab. Ela ficou conhecida, também, por colaborar com Björk, mas sintetizou uma obra criativamente intrigante com “Like Weather”: downtempo e melodias nebulosas entram no cardápio num disco que aguça nosso senso exploratório.

Leia também: Os 10 discos mais ‘estranhos’ de todos os tempos

#4 Tricky: “Maxinquaye” (1995)

Antes do Massive Attack lançar o disco inaugural do trip hop, “ Blue Lines” (1991), Tricky já rimava e mostrava interesse pela criatividade das batidas. Com mais teor percussivo que os parceiros, a estreia “Maxinquaye” explorou nuances estéticas ainda não imaginadas por outros grupos britânicos da cena, como Portishead e Laika. O nome do disco é uma homenagem à mãe, que se suicidou após muitos problemas com epilepsia. Canções como “Black Steel”, “Aftermath” e “Suffocated Love” são clássicos do gênero.

#3 Portishead: “Roseland NYC Live” (1998)

O trio de Bristol já havia lançado seus dois primeiros discos antes dessa apresentação fabulosa, que conta com soberbo apoio da Filarmônica de Nova York. “All Mine” ficou estrondosa, “Only You” ganhou um coro emocionante e “Glory Box”, uma das grandes canções do Portishead, catapultou de vez Beth Gibbons como uma das melhores vocalistas de seu tempo.

#2 DJ Shadow: “…Endtroducing” (1996)

Não se pode falar em século XXI na eletrônica sem a revolução que foi este clássico de DJ Shadow. Sua associação com o trip hop é um tanto confusa, mas o álbum construído apenas com samples (antes do The Avalanches, pode crer) e scratches revelou o quanto este ás do turntablism podia injetar soul music e minimalismo num vocabulário musical inovador que serviu de ponto de partida para a eletrônica atual.

#1 Massive Attack: “Mezzanine” (1998)

A dupla de Bristol Robert ‘3D’ El Naja e Grant ‘Daddy G’ Marshall deu o ‘start’ ao gênero com “Blue Lines” (1991), mas quando se fala em primor do trip hop, “Mezzanine” se sobressai. O 3º álbum do duo é sensual, hipnótico, sombrio e ricamente construído como uma obra monumental. “Angel” inicia diletante. “Risingson” deu os primeiros passos ao breakbeat, “Teardrop” é ideal para aquele momento a dois, “Inertia Creeps” fascina por relativizar a rima do hip hop em algo denso… Enfim, o disco é perfeito!