Arlindo Cruz. (Créditos: Reprodução / TV Globo)

Morre Arlindo Cruz, um dos maiores nomes do samba, aos 66 anos

O cantor e compositor enfrentava sequelas de um AVC desde março de 2017

O cantor, compositor e multi-instrumentista Arlindo Cruz morreu aos 66 aos nesta sexta-feira (8) no Rio de Janeiro. Há 8 anos, ele enfrentava sequelas de um acidente vascular cerebral hemorrágico, sofrido em março de 2017. O cantor deixa sua esposa e dois filhos.

Morre Arlindo Cruz aos 66 anos

Arlindo Cruz tinha 66 anos. (Créditos: Reprodução / TV Globo / Alex Carvalho)
Arlindo Cruz tinha 66 anos. (Créditos: Reprodução / TV Globo / Alex Carvalho)

Arlindo Cruz, um dos grandes nomes do samba, morreu aos 66 anos no Rio de Janeiro. Ele era cantor, compositor e instrumentista e responsável por canções clássicas como “No Meu Lugar”, “O Show Tem Que Continuar” e “Será que é amor”.

Ele estava internado desde abril no hospital Barra D’Or, na Zona Oeste do Rio após contrair uma pneumonia. A causa da morte do sambista foi falência múltipla dos órgãos.

O artista sofria há 8 anos das sequeles de um AVC, que ocorreu em março de 2017. Ele passou mal em casa e depois ficou um ano e três meses hospitalizado. Desde então, o cantor não fez mais apresentações devido às sequelas.

Arlindo nasceu em 1958 sendo criado em Madureira, um bairro do Rio de Janeiro. Filho de Aracy Marques da Cruz e Arlindo Domingos da Cruz, ele ganhou um cavaquinho dos pais quando era uma criança. Ele deixa sua esposa, Babi Cruz, e os dois filhos, Flora e Arlindinho.

O cantor será velado no próximo sábado (9) em cerimônia aberta ao público na quadra da Império Serrano, Madureira, na Zona Norte do Rio.

Histórico de saúde do cantor

O AVC sofrido pelo cantor deixou sequelas sérias. Desde 2017, ele estava acamado e dependia de assistência para qualquer tarefa, como se alimentar. Arlindo precisava usar fraldas, não falava e mantinha terapias de reabilitação, além do uso de canabidiol.

Ele passou por várias internações por ter a saúde frágil. Em abril, Arlindo contraiu uma pneumonia e estava internado desde então.

A carreira do sambista

Arlindo Domingos da Cruz Filho foi um dos maiores nomes do samba. Ele foi cantor, compositor e multi-instrumentista, com destaque para o cavaquinho e banjo.

No início de sua trajetória artística, quando fazia parte da roda de samba do Cacique de Ramos, ele se destacou como compositor. Nessa roda, Arlindo tocou com Jorge Aragão, Beth Carvalho, Almir Guineto e as futuras revelações Zeca Pagodinho e Sombrinha.

Ele foi responsável por grandes sucessos, como “Grande Erro”, de Beth Carvalho, e “Novo Amor”, de Alcione. Quando já estava consagrado como compositor, Arlindo passou a cantar suas próprias composições.

(Crédito: Divulgação/Globo)

Em 1981, Arlindo entra para o grupo “Fundo de Quintal”, onde começa a ganhar relevância. O cantor entrou após a saída de Jorge Aragão. Nesse período, ele gravou os sucessos “Seja sambista também”, “Só Pra Contrariar”, “Castelo Cera”,  “O Mapa da Mina”, entre tantos outros.

Ele permaneceu no grupo por 12 anos e saí em 1993 para seguir carreira solo. O sambista também compôs sambas-enredo para escolas de samba, como Império Serrano, Acadêmicos do Grande Rio, Unidos de Vila Isabel e Leão de Nova Iguaçu.

Arlindo Cruz
(Crédito: Divulgação/Globo)

Arlindo lançou 24 álbuns ao longo de toda a sua carreira. Segundo o site oficial do sambista, Arlindo tem mais de 550 músicas gravadas por diversos artistas.

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