Guilherme Bernard, que se entregou ao papel de José Alceu quando era pequeno, mudou totalmente o rumo de sua carreira. Saiba o que aconteceu!
José Alceu, o filho que Naná (Adriana Lessa) teve com Gumercindo (Antônio Fagundes), ganhou destaque em capítulos recentes da reprise de “Terra Nostra”. Mais de 25 anos depois da trama, Guilherme Bernard, responsável pelo papel, abandonou a carreira artística e se dedica à outra profissão.
Veja por onde anda o ator!
O que aconteceu com José Alceu de “Terra Nostra”
Na reta final de “Terra Nostra”, José Alceu, que vivia na cidade com a mãe, descobre ser o filho de Gumercindo, sendo reconhecido como herdeiro no fim da novela. A atitude, portanto, marca uma grande mudança no coronel, que promete dar ao menino um futuro promissor, realizando o sonho de formar uma família.
Intérprete de José Alceu, Guilherme Bernard, que na época tinha 11 anos e fazia seu primeiro trabalho nas novelas, obteve rápido reconhecimento. Depois de “Terra Nostra”, chegou a fazer outras produções do gênero – “Começar de novo” (2004) e “Revelação” (2008) – e foi apresentador da “TV Globinho”.
“Apesar de hoje eu não estar mais na TV, tenho carinho muito grande pelo meu passado. Fico muito feliz em rever a novela e ter o carinho da galera. Meus amigos começaram a mandar mensagem sobre a reprise”, celebrou Guilherme, em entrevista recente ao Extra.
“Meu Facebook, que eu nem uso mais, e meu Instagram estão lotados de convite de amizade. Eu nem estava acostumado mais com isso. Chega a ser engraçado. As pessoas ficam curiosas, querem saber como eu estou, o que estou fazendo”, acrescentou, em seguida.
Atualmente, Guilherme Bernard, aos 37 anos, trabalha como adestrador de cães, dedicando-se à paixão que tem por animais. Além disso, aderiu ao uso do nome Guilherme Peixe para divulgar seu trabalho, lembrando com carinho dos tempos em que trabalhou como ator.
Por que Guilherme Bernard mudou de profissão
O último trabalho na área, antes de abandonar a carreira artística, foi no filme “Chico Xavier” (2010). ” A vida de ator é cheio de incertezas. Faz uma novela, arrebenta, e, daqui a pouco, não tá tão legal. Logo após eu sair da “TV Globinho”, eu fui estagiar na Rádio Tupi, já que estava fazendo faculdade de Jornalismo. Eu tava tentando me achar. Surgiu um convite para fazer uma novela das sete ao mesmo tempo”, relembrou Guilherme.
“Aceitei fazer o teste, mas, ao desligar o telefone, não queria ir mais. Fiquei tão incomodado com aquilo que eu chorava. Não consegui entender aquela falta de vontade, sabe? Isso aconteceu muito próximo da minha conversão (à igreja evangélica). Acredito realmente que teve relação com as coisas que eu estava vivendo espiritualmente. Decidi seguir outro caminho”.
Guilherme não deixou de atuar completamente, mas só aceita papéis no teatro de sua igreja, em São Gonçalo. “Para mim é suficiente. Me completa totalmente”, afirmou. A decisão de seguir carreira no adestramento ocorreu em 2019 após conversa decisiva com um amigo.
“Sempre gostei muito de cachorro, aí, conversando com um amigo sobre o descontentamento profissional, em 2019, ele me sugeriu trabalhar com os animais. Falei com minha mulher sobre essa ideia. Ela me deu força e eu larguei meu trabalho de assessor de imprensa”.
“Fui na dúvida, mas me apaixonei pelo ofício. Hoje vivo, graças a Deus, moderadamente bem. Não passo perrengue, vivo direito”, revelou Guilherme, sócio da Villa Canis, onde também atua como adestrador. Durante os três anos na nova profissão, o ator tirou bem mais do que quando era jornalista.
Ator que fez José Alceu em “Terra Nostra” celebra conquista
“Eu não ganhava muito dinheiro como jornalista. Eu comecei a ganhar melhor quando fui ser assessor de uma cooperativa médica. Foi o que me seduziu, porque não gostava do trabalho. Eu tava querendo casar, aí foi um momento interessante para mim. Hoje a empresa é minha e faço os meus horários”.
O mais importante hoje, de acordo com o ex-ator, é se sentir realizado. “O financeiro é bom, não é ruim, não (risos). Mas pra mim, é mais do que grana, sabe? É realização profissional mesmo. Tô chegando aos 40 anos, eu acho que minha cabeça mudou e o que eu quero é felicidade, tranquilidade e paz”.
Celebrando uma nova conquista, Guilherme se mudou recentemente para Maricá, após investir em um centro de treinamento para cães em Itaipuaçu. “O meu foco é mudança comportamental, reabilitação para cães pets, ajudar pessoas que têm problemas com cães, seja agressividade, posse, manejo sanitário, passeio e outros problemas rotineiros”.