A jovem Isabel Veloso engravidou enquanto se dizia paciente terminal, sem chances de tratamento – e, agora, crê que o filho salvou sua vida: “Se não tivesse engravidado, estaria em um caixão”
Usando o Instagram, Isabel Veloso (18), que afirmava lidar com um câncer sem possibilidade de cura, declarou que está em remissão da doença. A remissão total é declarada quando não há sinais da doença pelo corpo – e agora a jovem, que costumava ter um tumor de 17 centímetros, além de focos da doença nos pulmões, aguarda um transplante visando a cura. Entenda abaixo:
Isabel Veloso anuncia remissão do câncer
Após anos lidando com um Linfoma de Hodgkin que, segundo ela, já não havia mais possibilidade de cura, Isabel Veloso comunicou o público que está em remissão da doença. A remissão pode ser total (sem sinais da doença no corpo) ou parcial (redução dos focos, mas com resquícios) – e, segundo Isabel, o caso dela é o primeiro.
“Agora sim vocês podem falar que eu não tenho nada, porque eu não tenho! Eu venci, consegui!”, disse ela, se referindo às pessoas que costumam atacá-la pela suposição de que o diagnóstico da jovem seria falso. Além disso, Isabel também celebrou o estado de saúde atual, frisando crer que o filho recém-nascido, Arthur, teria salvado a vida dela.
“Um ano atrás eu estava literalmente esperando a morte. O Arthur salvou mina vida. Se eu não tivesse engravidado, estaria em um caixão. Minha vida mudou completamente”, refletiu a jovem, que engravidou contrariando recomendações médicas e, depois, decidiu retomar os tratamentos que havia deixado de lado para tentar prolongar a expectativa de vida.
Durante a gestação, Isabel afirmou que o câncer havia avançado e, por isso, ela optou por fazer quimioterapia enquanto ainda gerava Arthur. A ideia era garantir que o menino nasceria saudável. Após a quimioterapia, visando ter mais tempo com o bebê, ela optou pela imunoterapia, tratamento que fortalece a capacidade do organismo de combater o câncer.
É importante frisar que o Linfoma de Hodgkin tem uma série de opções de tratamento. Quando as primeiras linhas – quimioterapia e autotransplante – falham, o câncer é considerado refratário ou recidivado, mas outras terapias podem assegurar o controle da doença ou até a cura dependendo da resposta do paciente.
Isabel Veloso fará novo transplante de medula óssea
Agora em remissão, a jovem afirmou que está se preparando para mais uma etapa do tratamento. Como o Linfoma de Hodgkin é um câncer que afeta o sistema imunológico, pode ser necessário “substitui-lo” – algo feito a partir do transplante de medula óssea que, agora, Isabel aguarda.
Segundo a jovem, exames demonstraram que uma das irmãs dela tem uma medula óssea 50% compatível com a dela. Isso pode não ser suficiente, conforma ela mesma informou e, por isso, a jovem pode ter de aguardar a chegada de um doador com maior porcentagem de compatibilidade. Até lá, ela afirma que continuará realizando a imunoterapia com o medicamento Nivolumabe, e tem grande esperança no tratamento.
“O que mais me emociona nisso é que se tudo der certo, se essa porcaria nunca mais voltar, vou poder ver meu filho crescer! […] Para eu estar curada, é apenas cinco anos em remissão. É um bom tempo pela frente, uma boa caminhada. Estou longe disso, mas já é um começo”, declarou, considerando o que acontecerá caso o transplante falhe.
“Estou na minha última linha de tratamento aqui no Brasil”, disse a jovem que, anteriormente, já havia declarado não ter mais possibilidades de tratamento. “Se não der certo, não tem nada de diferente [para fazer] aqui. Eu provavelmente voltaria a fazer quimioterapia paliativa”, declarou ela, se referindo ao tratamento que visa manter a doença estável.
Doença de Isabel Veloso: relembre o quadro
Isabel Veloso lida com um Linfoma de Hodgkin desde a adolescência. Quando descobriu a doença, ela chegou a realizar diversos tratamentos, inclusive um autotransplante de medula óssea. Em dado período, ela celebrou a remissão – mas, tempos depois, lamentou ter descoberto uma recidiva da doença.
Nessa épica, Isabel chegou a afirmar que, segundo os médicos, tinha apenas alguns meses de vida. Ela, que na época afirmava ter um câncer terminal, eventualmente passou a declarar ser uma “paciente paliativa”. A situação já gerou diversas discussões online sobre a veracidade do diagnóstico, algo que ela sempre rebateu.