Além disso, Giovana Cordeiro também revelou repercussões do abuso na saúde, algo que durou cinco anos
Giovana Cordeiro, a Bárbara de “Dona de Mim”, relatou recentemente que sofreu um estupro quando tinha 18 anos. Hoje com 28, a atriz afirmou que o abuso ocorreu por um colega de trabalho cujo nome ela optou por omitir – e que, durante anos, teve consequências desse abuso na própria saúde.
[Atenção: o texto abaixo aborda um relato sensível de abuso sexual. Se você ou alguém do seu convívio passa ou já passou por algo parecido, denuncie ligando no 180 ou indo até uma Delegacia de Defesa da Mulher]
Giovana Cordeiro relata abuso sexual aos 18 anos

Em entrevista ao caderno “Ela”, do jornal “O Globo”, e posteriormente em um vídeo nas redes sociais, Giovana Cordeiro revelou ter sido vítima de abuso sexual no passado. Além de um assédio no início da carreira, a atriz também foi, segundo ela, violentada por um colega de trabalho cuja identidade não quis revelar.
Conforme contou, tudo aconteceu quando ela aceitou uma carona do colega em questão e cochilou no carro dele. “Acordei na garagem da casa dele. Fiquei muito assustada, tive medo de ser agredida em um lugar que eu não fazia ideia de onde era”, afirmou a atriz, explicando que optou por passar a noite lá.
“Decidi ficar por achar que fosse mais ‘seguro’ e logo me deitei para dormir, mas ele não me deixava cair no sono. Ficou insistindo e fez sexo comigo sem meu consentimento”, declarou.
Giovana Cordeiro teve repercussões do abuso na saúde

Após a revelação na entrevista, a atriz fez um vídeo para discutir a situação. Afirmando se tratar de um “relato sobre cura”, e não sobre dor, ela afirmou que tinha episódios periódicos de candidíase após o abuso. Isso, segundo ela, durou cinco anos marcados por muitas mudanças de hábitos e tratamentos para tentar melhorar.
“Por cinco anos eu tive sintomas mensais de candidíase. Um grande tabu na nossa sociedade falar sobre nossa saúde íntima, ainda mais nesse lugar que coloca em xeque nossa higiene. Nesses cinco anos, parei de beber bebida alcoólica, leite, gordura, carne. Mudei os tecidos das minhas calcinhas. Bebi muita água e fiz tratamentos. Mas nada disso mudava essa condição”, disse.
Na sequência, Giovana contou a conclusão que tirou desse problema cíclico. “Isso me causava muita dor, vergonha, crise de autoestima, bloqueio das minhas relações sexuais. Comecei a questionar o motivo de eu estar tendo uma relação tão rígida e dolorosa numa situação que deveria ser só prazer, amor e troca. Era como se meu corpo quisesse me punir ou me alertar para uma necessidade de cura de uma culpa que eu não tinha”, disse.