“Má Influencer”, da Netflix, se baseia em fatos reais? História da criadora inspirou a série

Mergulhando no comércio ilegal de bolsas de luxo falsificadas, “Má Influencer” destaca fatos reais por trás de trama ficcional inspirada pela criadora

“Má Influencer”, série sul-africana em destaque na Netflix, acompanha a trajetória de duas mulheres que se envolvem no perigoso mundo das falsificações nas ruas de Joanesburgo. A trama cheia de reviravoltas levou os expectadores a se questionarem se a série se baseou em fatos reais para a história, que sofreu influência de experiências da própria criadora, Kudakwashe “Kudi” Maradzika.

Confira detalhes!

“Má Influencer”: série da Netflix se baseia em fatos reais?

A série Top 5 da Netflix, em vários países, apresenta uma mãe solteira, chamada BK (Jo Anne Rayneke), que sobrevive produzindo e vendendo bolsas de luxo falsificadas para clientes ricos, ao mesmo tempo em que busca solucionar os seus problemas financeiros.

Quando cruza o caminho de uma influenciadora digital conhecida como “Qween Pinks” (Cindy Mahlangu), a protagonista, em seguida, percebe que pode lucrar muito mais. As duas, portanto, se unem para enganar os clientes, mas viram alvo de criminosos e policiais.

“Má Influencer” (Crédito: Reprodução/Netflix)

No esquema de comércio ilegal, Qween Pinks fica responsável por vender as bolsas falsas, diante do seu alcance, enquanto BK desenha os modelos. A série policial, como resultado, propõe uma imersão nos desafios enfrentados pelas duas mulheres ao lidarem com criminosos perigosos, a polícia e outros envolvidos.

Escrita por Kudi, Daniel Zimbler e Sydney Dire, “Má Influencer” estreou com o propósito de investigar a relação entre crime e tecnologia, já que as bolsas são vendidas no universo online. Apesar dos traços de realismo ao retratar o universo dos influenciadores, a história não é real e foi apenas criada para a ficção.

No entanto, a criadora entregou, em entrevista à Glamour, que suas experiências pessoais ajudaram a moldar a história. “Eu já quis ser influenciadora e cheguei a ser convidada para eventos de marcas. Mas, como jornalista, comecei a perceber que esse mundo é muito mais complexo do que parece”, afirmou Kudi.

“Má Influencer” (Crédito: Reprodução/Netflix)

“Entrei no Realness X Episodic Lab e apresentei a ideia. Depois contratei roteiristas e passei 18 meses criando esse universo. ‘Má Influencer’ explora como as redes sociais moldam nossas identidades, ambições e bússola moral, especialmente em uma sociedade obcecada por imagem”.

“Má Influencer” destaca realidade preocupante

A série, além disso, acende um alerta para uma realidade preocupante, diante da alta demanda de artigos de luxo na África do Sul. Segundo o News24, em 2025 a polícia de Bloemfontein prendeu seis estrangeiros e apreendeu mais de 13 mil itens falsificados avaliados em mais de 19 milhões de rands, incluindo roupas, calçados, bolsas e joias de marcas de luxo.

Da mesma forma, outro relatório, assinado pelo The Citizen, relatou a apreensão de produtos falsos avaliados em 20 milhões de rands em Bruma, perto de Joanesburgo, com 35 prisões como resultado. Apesar de ficcional, a série retrata muito bem esse universo, além dos problemas reais enfrentados pela população local.

“Má Influencer” (Crédito: Reprodução/Netflix)

Qween Pinks, portanto, representa a “cultura do corre” e o lado obscuro da economia digital. É cada vez mais comum influenciadores comercializarem produtos ilegais disfarçados de originais. Em 2025, por exemplo, o The Straits Times noticiou que o Tribunal Superior de Singapura condenou o vendedor do Instagram Ng Hoe Seng a pagar 200 mil dólares em indenização à Louis Vuitton.

“Má Influencer” está disponível no catálogo da Netflix.

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