Criador rebate comparações entre “O Refúgio Atômico” e série do Prime Video

“O Refúgio Atômico” chamou a atenção do público por semelhanças com “Fallout”, um dos maiores sucessos do Prime Video

Álex Pina, um dos criadores de “O Refúgio Atômico”, rebateu acusações de que a série Top 3 da Netflix seria semelhante à “Fallout”, original do Prime Video. Desde o lançamento no catálogo da gigante do streaming, a produção foi alvo de comentários dos fãs da atração indicada ao Emmy de melhor drama.

“O Refúgio Atômico”: criador rebate semelhanças com “Fallout”

“Fallout”, baseada no videogame de RPG lançado em 1997, se passa duzentos anos após o apocalipse nuclear. Os mais ricos conseguiram fugir para luxuosos abrigos subterrâneos chamados de Safehouse, mas se veem forçados a deixar os bunkers e enfrentar uma realidade brutal e violenta.

“O Refúgio Atômico”, por outro lado, mostra um grupo de bilionários, com o mundo em colapso e a Terceira Guerra Mundial se aproximando, que se isola no interior do Kimera Underground Park, um bunker de luxo, para garantir refúgio e segurança, enquanto o mundo desaba do lado de fora.

“O Refúgio Atômico” (Crédito: Tamara Arranz/Netflix)

Ambos os universos, portanto, se baseiam em um evento de catástrofe nuclear que destrói a civilização como a conhecemos. Eventualmente, o medo da radiação e da aniquilação molda o comportamento dos personagens e as decisões tomadas, semelhanças que geraram comentários nas redes sociais.

Álex Pina, no entanto, discordou que as tramas sejam semelhantes. “Acho que há muitas diferenças em relação a Fallout. O único ponto em comum é que ambas as narrativas se passam em um bunker”, afirmou em entrevista ao site espanhol Sensacine.

“Fora isso, praticamente tudo é distinto. Narrativamente, estamos em outra frequência”, acrescentou. O criador relembrou ainda que criou a trama a partir de uma história real e não copiou nenhum elemento narrativo de “Fallout”.

“Fallout” (Crédito: JoJo Whilden/Prime Video)

“A ideia da série nasceu de uma notícia que li em um jornal da Espanha sobre um abrigo subterrâneo dos ricos, muitos anos atrás [durante o auge da pandemia de Covid-19]. Levamos bastante tempo para tirá-la do papel e, nesse intervalo, o conceito de bunker foi ganhando cada vez mais relevância na vida em sociedade”.

“De repente, percebemos que estávamos em uma realidade até pior do que a da pandemia. Mas o bunker sempre nos serviu como cenário potente para contar histórias. Neste caso, sobre ricos, mas ainda assim mergulhados em depressão, angústia, claustrofobia. E, ao mesmo tempo, queríamos criar uma série muito divertida”.

Diferença entre “O Refúgio Atômico” e “Fallout”

“Fallout” adiciona uma camada de sátira social, humor negro e ação intensa, criticando o militarismo e o capitalismo americano pré-guerra através da sinopse. “O Refúgio Atômico”, em contrapartida, usa a ironia para expor como o tal abrigo subterrâneo funciona como uma espécie de nivelador, onde o dinheiro não vale mais de nada em uma situação de confinamento.

Disponível no Prime Video, “Fallout” teve a segunda temporada confirmada e com previsão de estreia em dezembro. “O Refúgio Atômico”, recém-lançada pela Netflix, permanece disponível no catálogo para assinantes.

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