Isabel Veloso, que já caracterizou o próprio câncer como uma doença sem possibilidade de tratamento, está fazendo imunoterapia e deve passar por um transplante de medula óssea
Novamente em tratamento para câncer, Isabel Veloso detalhou as próximas etapas. Ela, que já disse ter um câncer incurável que posteriormente teria se estabilizado e, durante a gravidez do filho, voltado a crescer, está fazendo imunoterapia enquanto se prepara para um transplante – e afirmou que terá de passar por uma nova quimioterapia.
Novo tratamento de Isabel Veloso: jovem explica

Isabel Veloso, de 19 anos, está prestes a passar por novas etapas do tratamento de câncer. Desde os 15, ela afirma conviver com um linfoma de Hodgkin que já foi caracterizado por ela como incurável, terminal, e, posteriormente, estabilizado. Durante a gravidez do filho dela, Arthur, a doença piorou e chegou a se espalhar pelos pulmões, algo que regrediu, segundo ela, durante a imunoterapia.
A jovem então afirmou estar em remissão do câncer graças à imunoterapia. Para atingir uma cura, no entanto, ela precisará de um transplante de medula óssea – algo que ela já fez anteriormente, na adolescência, mas com a própria medula. Com essa perspectiva, ela disse que deve voltar a perder os cabelos devido à quimioterapia, que é obrigatória durante o processo do transplante.
“No transplante, passamos por uma quimioterapia bem forte para destruir a medula óssea que você tem, para então poder receber uma nova. A quimioterapia é uma bomba no organismo, e acaba atacando as células boas também – inclusive as do folículo capilar, por isso a queda [dos cabelos]”, declarou ela.
Atualmente, Isabel aguarda novas orientações sobre o transplante. Em meio à perspectiva de realizá-lo – algo novo visto que, anteriormente, a jovem havia dito que não existiam mais opções para o caso dela – ela descobriu que uma de suas irmãs tem 50% de compatibilidade com a medula óssea dela.

O ideal é que a compatibilidade seja mais alta – e, por isso, as duas farão novos exames para decidir se a irmã será ou não doadora. Caso a equipe médica decida que ela não é a melhor possibilidade, Isabel entrará em uma fila de espera para encontrar um doador cuja compatibilidade é maior. Todo esse processo é feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Até lá, Isabel deve continuar a imunoterapia com o medicamento Opdivo (nivolumab), usado no tratamento de diversos cânceres. A medicação, obtida por ela gratuitamente por via judicial, visto que não está incluso no SUS, bloqueia uma proteína que ajuda as células cancerígenas a escaparem das defesas naturais do corpo. Dessa forma, o sistema imunológico pode agir mais livremente sobre a doença.