A Record fez muitas mudanças na fase José do Egito ao longo da exibição de “Gênesis”. Ainda que seja uma adaptação do primeiro livro da Bíblia, que introduz a criação da humanidade, a novela não se manteve fiel aos acontecimentos, criando muitas situações ficcionais para movimentar a história da sétima e última fase. Confira tudo o que não é real!
O que a Record mudou da Bíblia na fase José em “Gênesis”
Serva interessada em José

A primeira divergência entre a novela e a Bíblia aconteceu na casa de Potifar. É verdade que Neferíades tentou, durante vários dias, se deitar com José, como mostra a Record, mas o fato de Kéfera também ter se interessado por ele não passa de uma obra da ficção, já que sequer é mencionada.
Em cenas que foram exibidas, a serva invade o quarto de José, tira a roupa, mas dá de cara com a patroa, que a expulsa sem pensar duas vezes: “Víbora! O que está fazendo aqui, sua miserável? Sai da minha casa agora, sua maldita”. Essa passagem não consta nos registros históricos.
José e Asenate

Não existem na Bíblia registros de um envolvimento de José com Asenate antes de se tornar governador do Egito. De acordo com “Gênesis”, livro de mesmo nome que inspirou a obra da Record, os dois só se encontram depois que o Faraó oferece a mão da mocinha em casamento ao seu mais novo governador.
Dessa forma, tudo que antecede o casamento foi invenção da Record, na intenção de trazer mais emoção para a trama. Não existem registros de Asenate conversando com José, planejando uma fuga com o hebreu ou se revoltando com a armação de Neferíades.
Inocência comprovada

A supernovela da Record aposta no processo de inocência de José depois que Potifar descobre que sua mulher era infiel, comprovando que o hebreu não fez nada com ela, permanecendo na prisão injustamente.
Isso também é ficcional. Na Bíblia, não existem registros de outra traição de Neferíades, tampouco da visita da vilã ao hebreu na cadeia, quando pede que ele “apodreça” ali, assim como também não se fala sobre a prova de caráter.
Influência de Lúcifer

A Bíblia não cita Lúcifer, tampouco fala da influência do demônio sobre outras pessoas, como acontece nas telinhas da Record. O demônio tentou até mesmo incentivar José a fugir do cárcere, mas não existem registros sobre essa passagem, quando recruta alguns soldados, abrindo a porta para que fugisse.
O que se sabe é que, de fato, José ouvia a voz de Deus em seu íntimo, como mostrado em algumas cenas, o que o levou a entender que até mesmo sua prisão tinha um propósito, disposto a esperar para que o todo-poderoso o tirasse de lá e o mostrasse que caminho deveria seguir.
Críticas para José

Quando José assume o cargo de governador do Egito, se tornando o segundo homem mais poderoso da região, “Gênesis” mostra que a decisão do Faraó despertou inveja em muita gente, especialmente de Menkhe (Renato Rabelo). De acordo com os registros da Bíblia, todo o conselho acatou muito bem a nomeação, que se revela certeira.
Rival de José

Principal rival de José na trama da Record, Adurrá, o homem que tenta abusar e se casar com Asenate, não existe na Bíblia. Mais uma vez, o personagem foi criado pela emissora como forma de movimentar a trama, entregando um rival para José.
Depois que a mocinha é sequestrada, José acredita que Adurrá tenha morrido, mas mostra um outro lado seu ao revelar uma sede de vingança, enquanto o vizir se veste com uma capa preta, passando fome e sonhando em atacá-lo por ter roubado sua mulher.
Apepi

Apepi, faraó em exílio de “Gênesis”, não é descrito pela Bíblia, tampouco seus aliados, que fazem de tudo para ameaçar o Faraó. Por outro lado, existem comprovações histórias da existência de outro soberano no Egito, substituído por Sheshi.
Através do livro “Of God and Gods”, escrito pelo egiptólogo alemão Jan Assmann, Apepi realmente foi faraó, pois o nome do rei, também era conhecido por Ipepi e Apófis, aparece em artefatos do antigo Egito, com menções ao longo do livro sagrado.