A ex-atleta Laís Souza, que ficou tetraplégica há uma década, chorou com a conquista inédita
A ex-ginasta Laís Souza, que fez parte da seleção de 2001 e 2012 e participou dos Jogos de Atenas (2004) e Pequim (2008), se emocionou com a conquista da medalha de bronze das meninas da ginástica artística nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Ela publicou um vídeo superemocionada nas redes sociais, e homenageou as atletas.
Laís Souza chora com bronze da ginástica nas Olimpíadas
Em publicação no Instagram, Laís disse estar muito orgulhosa de Rebeca Andrade, Jade Barbosa, Flávia Saraiva, Júlia Soares e Lorrane Oliveira. “Ainda não tô sabendo descrever essa emoção! Mas posso dizer: Chorei, fiquei nervosa, emocionada e muito ORGULHOSA desse resultado. É Bronze para o Brasil”, começou ela no post.
“Merecidíssimo! Vem mais e eu vou estar aqui e aí com vocês pra essa conquista histórica! Esse é o verdadeiro espírito da ginástica!”, completou Laís.
Ela ainda fez uma outra publicação enquanto comemorava a conquista das meninas com Daiane dos Santos. “Eu e Dai, minha irmãzona de trajetória, sentindo e vibrando pelas meninas, por nós e pelo Brasil. Ela que tem uma importância gigante na minha vida, não poderia ficar de fora desse momento de comemoração!”, escreveu nas redes sociais.
Vídeo do momento da conquista da medalha:
Jornada de Laís Souza como ginasta artística
A ex-ginasta Laís Souza, de 35 anos, que conquistou duas medalhas nos Jogos Pan-Americanos, fez uma transição notável ao mudar para o esqui aéreo. Ela chegou a ganhar, inclusive, uma medalha de bronze em um campeonato nos Estados Unidos.
Há 10 anos, em 2014, enquanto se preparava para as Olimpíadas de Inverno, Laís sofreu um acidente grave em Salt Lake City. Durante um treino, uma colisão com uma árvore causou a fratura da terceira vértebra cervical, o que a deixou tetraplégica. O acidente, que ocorreu enquanto ela estava acompanhada do técnico, Ryan Snow, e da parceira, Josi Santos, foi um golpe devastador, que a levou a uma longa recuperação e reabilitação.
Atualmente, Laís é comentarista das Olimpíadas de Paris e se dedica à pintura com a boca. Apesar das limitações físicas e dos cuidados constantes que precisa, ela encontrou força na adaptação à sua nova vida, recebendo apoio de sua mãe e inspirando todo o mundo com sua resiliência e evolução pessoal.
