Cerca de 16 anos após o fim do programa, “Linha Direta” retornou para a Globo, sob o comando de Pedro Bial, agora em um novo formato. Nesta última quinta-feira (4), ele contou sobre o crime que tirou a vida de Eloá.
O caso aconteceu em 2008, quando Lindemberg, seu ex-namorado, a manteve refém durante dias, a matando com dois tiros. Com o programa remexendo no passado, uma familiar da vítima se pronunciou: “Revivendo essa dor”.
Cunhada de Eloá lamenta “Linha Direta” reviver dor de familiares
Nesta última quinta-feira (04), o programa “Linha Direta” reestreou na Globo trazendo o caso de Eloá, que paralisou o Brasil durante cinco longos dias.
Inconformado com o fim do relacionameno, Lindemberg, de 22 anos, invadiu o apartamento onde Eloá Cristina, de 15 anos, morava. Naquele momento, o criminoso a manteve em cárcere privado ao lado de dois amigos.
Com a notícia se espalhando, muitos noticiários começaram a fazer plantão na frente do prédio, sendo que alguns jornalistas, até mesmo, conseguiram entrar em contato com Lindemberg.
Por conta da ampla repercurssão e da intromissão indevida de alguns veículos de imprensa, o caso acabou marcando a história do país, ainda mais por conta do final trágico, quando, no quinto dia, o criminoso tirou a vida da jovem.
Após 15 anos, o primeiro episódio da nova temporada de “Linha Direta” recontou esse caso, entrevistando pessoas próximas à vítima e todos aqueles que estiveram envolvidos nos dias em que o crime aconteceu.
Porém, o resgate feito pelo programa da Globo fez com que uma ferida nunca cicatrizada se abrisse novamente para os famliares de Eloá.
Em sua conta no Instagram, Cintia Pimentel, a cunhada da vítima, expressou seu sofrimento. “Até ontem estava tudo tão bem! Estávamos todos bem! Hoje seria o aniverário de 30 anos (de Eloá)…”.
“Eu não tenho propriedade para falar em nome da perda, pois apesar de sentir muito, não sinto na pele o que é perder um filho e peço a Deus que nenhum de nós experimente estar nessa situação”, continuou.
“E mais uma vez digo: existiram sonhos, anseios, sorrisos, planos, histórias e muito mais coisas positivas que poderiam deixar a memória sempre viva nessa e em outras gerações. Mas não, pereferem a dor, preferem resumir a história somente ao que trás à tona os piores momentos da vida de alguém”, ainda criticou.
“Espero que isso sirva ao menos para sensibilizar o país e mostrar que algumas leis precisam ser revistas. Que Deus, novamente, console o coração dos que agora estão revivendo essa dor”, finalizou.