Antes da quinta temporada de “Game of Thrones” ir ao ar, os diretores David Benioff e D. B. Weiss anteciparam que este seria o momento em que a série mais se distanciaria do enredo dos livros originais de George R.R. Martin.
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Os fãs que acompanham os livros se impressionam com as diferenças cada vez mais evidentes da história original: da inesperada jornada de Jaime Lannister ao destino cruel de Sansa Stark, Benioff e Weiss mostram que os rumos da série independem do que já está posto nos livros.
Houve muitas divergências desde o início da série, mas a quinta temporada tem mostrado uma direção ainda mais arbitrária em relação à trama e aos personagens.
Atenção: há spoilers da 5ª temporada (até o episódio 7) nas páginas seguintes.
Veja as 7 principais divergências entre os livros e a série:
Jaime Lannister não deveria ir à Dorne
De acordo com os livros, Jaime Lannister não deveria ir à Dorne a encontro da Princesa Myrcella; sua irmã Cersei envia o regicida ao encontro de Edmure Tully e Brendan the Blackfish, da família da falecida Catelyn Stark (e que não aparecem desde a 3ª temporada). Talvez os diretores não achassem que este seria um interessante rumo para Jaime. Por isso, colocaram novamente o bem-humorado (e habilidoso) Bronn para ajudar Jaime a passar pelas perigosas Sand Snakes e pelo Rei Doran.
Tyrion Lannister acompanhado de outros personagens
Quando Tyrion foge de King’s Landing, sua companhia não deveria ser Lord Varys – e, sim, Illyrio Mopatis. Tampouco seria o antigo conselheiro de Khaleesi, Sor Jorrah Mormont, quem sequestraria o foragido Lannister. De acordo com os livros, um personagem chamado Aegon Targaryen, ainda não apresentado na série, acompanharia o anão.
Mance não deveria morrer
Nos primeiros episódios, o rei Stannis Baratheon condena o rei Além da Muralha à morte, após ajudar no resgate de cavaleiros da Patrulha da Noite. No livro, a trama de Mance é interferida por Melisandre, que usa sua magia para que todos pensem que ele é o assassinado, quando, na verdade, ele segue rumo a Winterfell, a mando de Jon Snow, para resgatar sua irmã Arya Stark das mãos de Ramsay Bolton. Isso nos leva à outra divergência: na série, Arya foi em direção a Braavos, a encontro de Jaqen H’ghar.
Brienne é a caça, não caçadora
Brienne de Tarth não vai à procura das filhas de Stark. No livro, ela é capturada e entregue à Lady Stoneheart, que ainda não apareceu na série. Ela tem uma escolha: a morte, ou trazer a cabeça de Jaime Lannister.
Sor Barristan não morre
No quarto episódio, o exército de Khaleesi se mobiliza para encontrar os misteriosos Filhos da Harpia, que estão desmoronando seu império. Após a expulsão de Jorah Mormont, Sor Barristan, o principal conselheiro da ‘Mãe dos Dragões’, passeia pela cidade, até que se depara com uma confusão, que culmina numa emboscada. Após lutar bravamente, Barristan morre – algo que não acontece na história de George R.R. Martin. Nos livros, Barristan permanece firme e forte como escudeiro de Khaleesi.
Trágico destino de Sansa Stark
Uma das mais polêmicas novidades desta temporada gira em torno de Sansa Stark. Nos livros, ela não chega à Winterfell após fugir de Kingslanding. Ela não só teve que casar com o sádico Ramsay Bolton, como passou por uma cena trágica: perdeu a virgindade ao ser estuprada por Ramsay, com quem casou. Antes da temporada começar, Alfie Allen, que dá vida a Theon Greyjoy na série, alertou: “Acontece algo no meio dessa temporada que realmente vai causar grande estardalhaço, e as pessoas provavelmente não ficarão felizes com isso. É difícil assistir”.
Tentativa de estuprar Gilly
No sexto episódio da temporada, cavaleiros da Patrulha da Noite tentaram estuprar a selvagem Gilly. Apesar de ser mais uma cena que não estava nos livros, é fato crucial para mostrar maior aproximação entre a moça e o personagem Samwell Tarly. Isso mostra como as coisas podem piorar após a morte do velho Mestre Aemon e a saída do comandante Jon Snow rumo a uma jornada complicada.
