Criadores de “DNA do Crime” apontam motivação do público para assistir a série que viralizou como um sucesso em escala global
Mistura de ficção com inspiração em casos reais, “DNA do Crime” colocou uma série original brasileira no topo das mais vistas no mundo todo ao estrear a segunda temporada na Netflix.
Os novos episódios, portanto, reforçaram a produção como um grande sucesso do streaming, levando os criadores a entregarem o que acreditam estar por trás do fenômeno. Confira!
“DNA do Crime” na Netflix: por que série faz tanto sucesso
Na série da Netflix, com elenco brasileiro de peso, policiais federais da delegacia de Foz do Iguaçu iniciam uma investigação internacional complexa. Tudo acontece após uma facção secreta do Brasil realizar um mega assalto na instalação de uma seguradora de valores no Paraguai.
De acordo com o rastro das amostras de DNA coletadas nas cenas do crime, os policiais desenterram uma conexão que liga o roubo no país vizinho a outros crimes recentes. Portanto, as investigações acabam revelando um plano ainda mais complexo, envolvendo criminosos de ambas as nações.

Na visão dos criadores da produção, Heitor Dhalia e Manoel Rangel, a curiosidade do público pela “modalidade brasileira” de crime trazida pela história pode ser o principal fator por trás do sucesso. “Boas ficções têm um pé no real”, afirmou Heitor, roteirista e showrunner de DNA do Crime, em entrevista ao Estadão.
“Acho que, no caso específico do Brasil, […] a criminalidade chegou num nível tão impressionante que as histórias são impressionantes”, acrescentou, em seguida. “Essa série trata um pouco do domínio de cidade [que] é uma modalidade brasileira. Não existe em nenhum outro país uma referência a um tipo de crime que paralisa uma cidade ou um pedaço dela. E que subjuga as forças de segurança pelo poder bélico”.
Diretor opina sobre repercussão de “DNA do Crime”
Manoel Rangel, responsável pela direção, atribui a repercussão de “DNA do Crime” a um desejo de entender o funcionamento do mundo criminoso. “[Consumir true crime traz] também a possibilidade de você vivenciar uma experiência, naquele momento, de algo que você, em sua vida, não fará nunca”.

“Por conta de um código ético, por conta de uma conduta moral e do teu lugar na sociedade. Então, acho que isso desperta uma curiosidade profunda”, analisou, por fim. O cineasta acredita, além disso, que os detalhes por trás do crime organizado, que foram levados à produção por ex-integrantes, é “um território carregado de conflito, carregado de drama”, que naturalmente desperta o fascínio do público.
As duas temporadas de “DNA do Crime” estão disponíveis na Netflix.