Stranger Things: departamento de energia dos EUA explica o que é real fora da série

O seriado “Stranger Things”, da Netflix, estreou em julho e, três meses depois, continua um assunto recorrente em rodas de conversa de amigos, em mesas de bar e… No Departamento de Energia dos EUA (DOE, da sigla em inglês)!

Mas qual é a relação entre os dois? À primeira vista, nenhuma, mas se você assistiu à série, provavelmente lembra que existia uma empresa bem grande que era responsável por Eleven ser do jeito que é, pelo monstro assassino, e pelo universo paralelo criado dentro de um laboratório. E que empresa era essa? Bem, o Departamento de Energia de Hawkins, e eles eram os vilões da série.

A organização aproveitou o assunto e resolveu esclarecer alguns pontos mostrados em “Stranger Things” de um jeito curioso e engraçado. Paul Lester, especialista de conteúdo digital do DOE, produziu um texto no blog oficial do Departamento explicando algumas diferenças entre a vida real e a ficção, que você pode ver abaixo: 

Stranger Things: diferenças entre ficção e vida real

Netflix

O laboratório nacional de Hawkins não existe

No seriado, o Laboratório Nacional de Hawkins é uma instalação altamente protegida do Departamento de Energia, que fica no meio de uma floresta profunda e obscura. A verdade é que o Laboratório Nacional da Hawkins – assim como a cidade ficcional de Hawkins – não existe. Entretanto, um dos Laboratórios Nacionais tem uma conexão com a floresta!

O Laboratório Nacional de Argonne, em Illinois, tem esse nome por causa da floresta Argonne que o cerca. Criado em 1946, Argonne foi o primeiro Laboratório Nacional com o objetivo de continuar o trabalho de Enrico Fermi sobre reatores nucleares.  Agora, ele é um centro de pesquisa multidisciplinar de ciência e engenharia que se foca em energia, meio ambiente, tecnologia e segurança nacional.

O DOE não explora universos paralelos

Existem várias cenas na série em que os pesquisadores usam roupas especiais e equipamentos de proteção para entrar em um portal peculiar, que os transporta para uma dimensão alternativa conhecida como “Mundo Invertido”.

Apesar do Departamento de Energia não lidar com universos paralelos, ele ajuda na exploração de energia de outros planetas, ou seja, espaço sideral, e não o cosmos bizarro de “Stranger Things”.

O DOE não mexe com monstros

“Stranger Things” retrata o Departamento de Energia como uma agência federal que confronta monstros terríveis que se escondem em uma dimensão diferente. Nós não mexemos com monstros, mas o Departamento de Energia tem como objetivo detectar perigos invisíveis. Os cientistas do departamento, em todo o país, criam novas tecnologias que ajudam a prevenir terroristas de usarem materiais nucleares.

Os cientistas dos laboratórios não são malvados – eles, na verdade, são bem legais (e inteligentes)!

Imdb

Na série, o ator Matthew Modine, que interpreta o Dr. Martin Brenner, é um cientista sinistro cujas motivações são questionáveis. Entretanto, os cientistas de verdade do departamento estão entre algumas das pessoas mais brilhantes do mundo, trabalhando duro para resolver as questões mais difíceis de energia da nação. E nem todos eles são homens!

Luzes não são ligadas por monstros ou outras formas de vida

Tudo bem, essa não é muito ligada ao Departamento de Energia, mas lida com eletricidade, que é um dos maiores focos da agência. É a corrente elétrica que liga as luzes de Natal, não monstros ou outras formas de vida. As lâmpadas se iluminam quando viajam por um circuito fechado, passando por um filamento, fazendo com que ela se ilumine.

Além desses esclarecimentos, descobriu-se também que o assunto não se limitou apenas à postagem. O jornalista Lachlan Markay, do site The Washington Free Beacon, conseguiu, através da lei de acesso à informação dos EUA, uma cópia de todos os e-mails trocados por funcionários do DOE sobre o seriado, somando 162 páginas de conversas!

“Eu pedi, através da Lei de Acesso à Informação, pelas conversas internas do DOE sobre Stranger Things. Isso é… Mais do que eu esperava”. 

Stranger Things