Racistas: As 11 animações proibidas da Warner que você não conhecia

As animações da Warner Bros representam uma nostalgia para muitas pessoas. Pernalonga, Patolino e muitos outros personagens, além da série Merry Melodies, espécie de ‘irmã’ da Looney Tunes, acompanharam os risos de crianças, adolescentes e adultos ao longo de décadas.

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Muitas animações, porém, cometeram deslizes que provocaram sua censura, em 1968, pela United Artist, por julgá-los ofensivos ao reforçar preconceitos étnicos e raciais.

Desde sua proibição, estes episódios não foram mais transmitidos – com exceção de uma ‘projeção especial’, de 2010, mas somente nos Estados Unidos. A partir daí, surgiu a ideia de lançar uma compilação deles em DVD, mas ainda falta autorização para que isso avance.

Confira, a seguir, 11 episódios censurados de Looney Tunes e Merry Melodies:

#11 “Goldilocks and the Jivin’ Bears” (1944)

Foi a última animação da Warner Bros com um elenco negro. Era uma mescla de “Cachinhos Dourados e Os Três Ursos” e “Chapeuzinho Vermelho”, mas com algumas particularidades.

#10 “Angel Puss” (1944)

Tem como protagonista uma criança negra que deve afogar um gato no rio. O gato escapa e atormenta o personagem, disfarçando-se de fantasma.

#9 “Tin Pan Alley Cats” (1943)

Há muitos estereótipos relacionados a alguns jazzistas e personagens da II Guerra Mundial, incluindo Hitler e Stalin.

#8 “Coal Black and de Sebben Dwarfs” (1943)

Nessa época o movimento chamado ‘ blackface’ (em que atores se pintam de preto, evocando os estereótipos raciais), infelizmente, era bastante popular. Controversa, a obra é assinada por Bob Clampett e tem uma história baseada em “Branca de Neve e os Sete Anões”, mas com outros propósitos.

#7 “All This and Rabbit Stew”, de Pernalonga (1941)

Pernalonga é caçado por um rapaz negro, claramente estereotipado como um caçador sem talento e paspalho.

#6 “The Isle of Pingo Pongo” (1938)

Também com conteúdo racista, esta animação com personagens primitivos era regada a muito jazz.

#5 “Jungle Jitters” (1938)

A animação chegou ao domínio público em 1965, mas, três anos depois, foi censurada por classificar nativos de forma racista e estereotipada.

#4 “Uncle Tom’s Bungalow” (1937)

É uma paródia da obra “A Cabana do Tio Tomás”, obra de Harriet Beecher Stowe que mostrava em formato de romance o conflito entre escravos e ricos proprietários de terra, nos Estados Unidos. Nesta animação, o escravo consegue ficar rico e pagar por sua liberdade, mas de maneira jocosa.

#3 “Clean Pastures” (1937)

Esta animação já se mostrou problemática desde o início, por criar estereótipos sobre religião e sobre os negros.

#2 “Sunday Go to Meetin’ Time” (1936)

Um homem negro visita o inferno logo após abandonar a igreja – e nem precisa desenrolar o restante para saber que o conteúdo é claramente preconceituoso.

#1 “Hittin’ the Trail for Hallelujah Land” (1931)

O mais antigo dos ’11 censurados’ mostrava a história da partida de um jovem rapaz num navio que lembra os grandes cargos negreiros, como se buscassem redenção num lugar desconhecido. O avô do rapaz, porém, segue em busca do navio, após se assombrar com alguns esqueletos. Cenas deliberadas de violência e estereótipos racistas foram determinantes para que, mais de trinta anos depois, fosse proibido.