A série da HBO contará a história do crime real que matou a socialite Ângela Diniz em 1976
“Ângela Diniz: Assassinada e Condenada” é a nova série da HBO Max com estreia marcada para novembro. Com o protagonismo de Marjorie Estiano, intérprete de Ângela, a produção conta a história do crime real de 1976 que tirou a vida da socialite brasileira.
A série de seis episódios é baseada no podcast “Praia dos Ossos”, da Rádio Novelo, e acompanha a trajetória de Ângela, desde a separação do marido até ser assassinada por um companheiro.
Quem foi Ângela Diniz?

Ângela Diniz foi uma socialite brasileira assassinada em 1976, por seu companheiro da época, na Praia dos Ossos, em Búzios, no Rio de Janeiro. Ângela foi uma mulher associada a muitas polêmicas por viver diferente do que era esperado de uma mulher da década de 1970.
Ela se divorciou do marido, chamado de desquite, já que na época o divórcio não era permitido. Ela foi mãe de Cristiana, Luiz e Milton Villas Boas, frutos do relacionamento com o ex-marido, Milton Villas Boas, que ficou com a guarda dos três filhos.
Depois da separação, ela viveu relacionamentos que geraram comoção e muitos julgamentos. Ângela vivia fora das regras e padrões sociais impostos para uma mulher na década de 70. A socialite ficou conhecida como “Pantera”, apelido dado por um colunista, que contava histórias de sexo e intrigas que a envolviam.
Por que Ângela Diniz foi assassinada?
Aos 32 anos, Ângela Diniz foi assassinada por Raul Fernando do Amaral Street, conhecido por Doca Street, namorado dela na época.
Eles estavam na casa de veraneio de Ângela, em Búzios, quando Doca assassinou a socialite com quatro tiros. O casal teve uma discussão e ele não aceitou a separação dos dois.

O que aconteceu com o assassino de Ângela Diniz?
Após a morte, Ângela chegou a ser condenada pelo crime ao qual foi vítima, mesmo com a confissão de Doca. Durante os julgamentos do crime, o assassino da socialite foi colocado como a vítima.
O machismo que cercou o julgamento causou comoção e grupos de mulheres escreveram faixas, assinaram manifestos e organizaram protestos diante da injustiça.
A comoção do caso na imprensa e população foi concluída com a condenação de Doca. O assassino de Ângela foi condenado a dois anos de reclusão com direito a sursis (dispensa do cumprimento de uma pena, no todo ou em parte).
Doca já havia cumprido mais de um terço da pena durante a espera do julgamento, então saiu do tribunal pela porta da frente. Ele chegou a ser aplaudido pela multidão que acompanhou 21 horas de julgamento.