Não é à toa que “Orphan Black” rendeu um Emmy de Melhor Atriz para a protagonista Tatiana Maslany: a artista precisa interpretar nada menos do que 11 personagens (muito) diferentes na mesma série e, às vezes, quase ao mesmo tempo. Como ela consegue? Maslany revelou qual é a tática que a ajuda a entrar e sair de tantas personalidades sem errar a mão e sem se confundir entre quem é quem.
Clones de Orphan Black
Em entrevista à revista Vulture, Maslany contou que é a música que a ajuda a encarnar as clones de “Orphan”. Enquanto está fazendo o cabelo e maquiagem para entrar em cena, uma playlist específica de cada personagem a faz entrar no clima. “A música consegue te levar a um ponto em que seu coração se abre e você consegue sentir as coisas”, explicou.
Assim, como diversas pessoas diferentes, as clones têm “gostos” musicais diferentes: Sarah, que é quem conduz a história, tem em sua playlist algumas bandas britânicas com batidas mais marcantes que, para Maslany, a personagem teria curtido ao longo de sua vida. “Existe algo especial com a batida de ‘Breathe’ [da banda The Prodigy]. Sempre que não consigo sentir quem Sarah é, essa música me ajuda a entrar nela”, disse.
A playlist de Alison inclui trilhas sonoras da Broadway e, para a Helena, o grande nome é o artista Tom Waits. “As letras me fazem chorar. É ele quem abre o coração de Helena”, explica a atriz.
Novas clones
Além disso, Tatiana contou também que só descobriu algumas clones ao longo da série, como Rachel, que apareceu na primeira temporada. “Eu nem sabia que ela existiria até ela aparecer no episódio 10. Ela era uma executiva, rica, sofisticada. Eu achei que não conseguiria. Ela foi aterrorizante para mim”, disse.
E sobrou até a para a dublê Kathryn Alexandre: “Fica tudo muito quieto quando ela está interpretando Rachel. O clima muda muito e ninguém consegue se aproximar dela. Toda a equipe sente o peso e essa energia invade todo mundo”, comentou.
Audições
Mas Tatiana Maslany provou que tem um talento natural para mudar rapidamente de personalidade na atuação. Nas audições para “Orphan Black”, a atriz precisou fazer três personagens diferentes: Sarah, Alison, Cosima e Sarah fingindo ser Beth.
“Ela conseguiu fazer três pessoas diferentes com sotaques diferentes e conseguiu distingui-las fisicamente, mesmo sem saber muito sobre elas. Outros atores conseguiram fazer bem dois ou três personagens, mas sabíamos que precisávamos de mais”, contou o produtor-executivo John Fawcett.
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