“O Sequestro do Voo 601”, série original da Netflix, foi baseada totalmente em fatos reais, com uma história tão cheia de emoções quanto a que foi mostrada na gigante do streaming ao longo de 6 episódios. A sinopse acompanha duas aeromoças em corrida contra o tempo para distrair os bandidos e salvar vidas após sequestro de aeronave.
Qual é a história real de “O Sequestro do Voo 601”
Na produção de uma temporada, quando um avião é sequestrado, duas aeromoças tentam ludibriar os bandidos enquanto negociações conturbadas rolam dentro e fora da aeronave, segundo o resumo da Netflix.
A série foi baseada no sequestro real do avião HK-1274, em 30 de maio de 1973, que decolou de Bogotá e fez sua segunda parada em Pereira, onde dois misteriosos sequestradores embarcaram no avião.
A aeronave pertencia a uma empresa colombiana, a Sociedad Aeronáutica de Medellín (ou SAM), que foi estudada por Massimo Di Ricco, pesquisador que escreveu um livro e co-produziu um programa de rádio sobre o sequestro.
A única adaptação que a Netflix fez na história envolve o personagem do comandante Richard Wilches, que acabou sendo uma junção dos dois pilotos que voaram o voo sequestrado da SAM Airlines, em 1973.
Quando o avião voou de Bogotá, Jorge Lucena era o piloto do voo, mas, após 30 horas, as autoridades convenceram os sequestradores a permitir que substituíssem toda a tripulação, que já estava exausta além do limite.
Escalados para a missão, Edilma Perez, Barbara, Hugo Molina (piloto) e Pedro Ramirez (copiloto) entraram a bordo. Um outro detalhe que não aconteceu na vida real foi quando Edilma foi vista esfaqueando o Capitão Wilches.
Um pouco diferente do que foi mostrado pela série, Molina desligou toda a comunicação por rádio e não fez contato com a torre até pousarem em um aeroporto em Buenos Aires. Na vida real, os sequestrados não fugiram juntos.
Os dois optaram por descer em lugares diferentes e acabaram se separando um do outro, estratégia que fazia parte do plano para enganar as autoridades, altamente mobilizadas ao tomarem consciência do sequestro na época.
Os sequestrados queriam levar as duas comissárias como garantia, mas Molina fez um pacto com os criminosos, prometendo não revelar o local em que tinham descido, caso permitissem que ambas ficassem no avião.
Mesmo sabendo o preço de manter o silêncio das autoridades, Molina cumpriu com sua parte no trato, preocupado em salvar as comissárias que sacrificaram suas vidas para manter os passageiros em segurança.
O piloto revelou às autoridades que os sequestradores tinham desaparecido depois que o avião pousou em Buenos Aires, sendo crticado por conspirar contra os terroristas, mas absolvido após as investigações.
Difrente do que mostra a série da Netflix, o capitão não recebeu nenhum prêmio por sua bravura porque nada disso realmente aconteceu na vida real, uma vez que precisou responder judicialmente pelo silêncio.