“Irmandade” não é baseada em história real, mas usou presídio ativo durante as gravações

Quando a série “Irmandade” foi anunciada pela Netflix lá em 2018, muita gente pensou se tratar de uma história real. Afinal, a produção se passa em um presídio e fala sobre a disputa de poder entre facções criminosas.

No entanto, o criador e diretor da série, Pedro Morelli, garante que a trama é fictícia, mesmo lembrando (e muito) o surgimento do Primeiro Comando da Capital (PCC) em São Paulo. Mesmo ficcional, a série traz cenas marcantes e uma crítica social ao sistema prisional brasileiro.

História da série “Irmandade”: conheça os bastidores

A produção, que tem no elenco nomes de peso como Seu Jorge, por exemplo, conta a história da advogada Cristina (Naruna Costa), que descobre que seu irmão, Edson (Seu Jorge) está preso. Ela resolve, então, ir atrás do familiar que não vê desde a adolescência – e acaba entrando no universo das organizações criminosas dentro da cadeira.

A série policial, que já ganhou a segunda temporada na Netflix, mostra detalhes do sistema prisional na década de 90, levantando temas como superlotação, relações interpessoais e direitos humanos. E, embora muita gente pense que foi baseada em fatos reais, o diretor da série garante que a obra é de ficção.

Lee Taylor e Naruna Costa em
Aline Arruda/Netflix

“A gente fez uma vasta pesquisa sobre o universo das facções criminosas brasileiras e não se inspirou em nenhum caso real, personagem ou pessoa que existiu de verdade. A facção não é inspirada em nenhuma facção específica”, disse ao UOL.

Mas a ambientação e os sets de gravação da série foram escolhidas a dedo para transmitir ainda mais veracidade à trama. Pra quem não sabe, “Irmandade” realmente foi gravada em uma área desativada da Penitenciária Estadual de Piraquara, próxima à Curitiba (PR).

Seu Jorge em cena de
Aline Arruda/Netflix

E toda a equipe teve que seguir as regras do lugar, inclusive obedecendo horários e acessos restritos, assim como os demais visitantes. Os presos encarcerados na vida real puderam, inclusive, acompanhar as gravações – mesmo que de longe, pelas janelas das celas.

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