“Bebê Rena” (“Baby Reindeer”) foi considerada pela crítica como uma das melhores séries de 2024 ao apresentar a história real e bizarra do ator, roteirista e comediante Richard Gadd, que foi perseguido e assediado durante quatro anos e meio por uma mulher, contando um pouco do que passou na trama da Netflix, que mudou um pouco o final da stalker na vida real.
Final de “Bebê Rena” da Netflix: o que aconteceu
Antes da minissérie da Netflix, Richard Gadd transformou a experiência traumática em tema de peça, em 2019, que ganhou notoriedade no Reino Unido, fazendo com que a minissérie começasse a ser produzida.
No total, foram 41.071 e-mails, 350 horas de mensagens de voz, 744 tuítes e 106 páginas de cartas, enviadas pela perseguidora, durante quatro anos e meio, quando pessoas próximas a Richard também foram afetadas.
De acordo com o próprio Richard Gadd, que faz o papel de Donny, alguns detalhes foram alterados para preservar as pessoas envolvidas no caso, incluindo a própria stalker, que não teve o seu nome real revelado.
A minissérie apresenta a perseguidora como Martha, interpretada na Netflix por Jessica Gunning, que teve um final bem diferente do que aconteceu quando Richard lidou com a obsessão da mulher que parecia ser apenas fã.
O ator e roteirista também optou por preservar a profissão da stalker, além de suas características físicas. “Fizemos todo o possível para disfarçá-la a tal ponto que acho que ela não se reconhece”, afirmou em entrevista para a GQ.
Ciente de que a stalker sofria de um transtorno psicológico, Richard nunca quis expor a verdadeira Martha, a quem descreve como uma pessoa que precisa de ajuda. O final da história foi bem diferente do que mostrou a Netflix.
Na minissérie “Bebê Rena”, Martha se declarou culpada de todas as acusações e foi condenada a cumprir nove meses de prisão por ter assediado e ameaçado Donny e sua equipe durante anos, enquanto o comediante também recebe ordem de restrição de cinco anos contra Martha.
Na vida real, Richard também recebeu ordem de restrição contra seu perseguidor, mas não quis que Martha fosse presa, por ter consciência de seu problema psicológico. “Eu tinha sentimentos confusos sobre isso: não queria mandar para a prisão alguém com esse nível de sofrimento mental”, declarou ao The Times, em artigo publicado recentemente.