A jornada de “Lost”, que começou em setembro de 2004 com a queda do vôo 815 em uma ilha misteriosa, chegou ao fim em 2010 surpreendendo milhões de telespectadores em todo o mundo que durante seis anos seguiram a série criada por JJ Abrams, Damon Lindelof e Carlton Cuse.
Esta viagem única terminou com um episódio de duas horas e meia intitulado simplesmente “The End” (“O Final”). O problema é que muita gente não se conformou com o fim e isso fez com que alguns fatos do enredo ficassem mal explicados. Isso, inclusive, é um debate que dura até atualmente. Desvende a seguir alguns esclarecimentos sobre o final de “Lost”.
[ Atenção: o texto abaixo contém spoilers de “Lost]
Final de “Lost” explicado
Vivos ou mortos?
Quando todos os personagens – menos Ben Linus – se encontraram na igreja no último episódio, muitos fãs acreditaram que os eventos que se passaram na ilha não foram reais e que eles estiveram mortos o tempo todo. O que não é verdade.
Segundo os autores de “Lost”, a ilha existiu, sim, e todos os momentos vividos nela foram reais, assim como a queda do Oceanic 815. Os seis personagens que conseguiram sair da ilha voltaram para lá três anos depois. Já os que ficaram, viajaram no tempo até chegar ao presente (na época, 2007) e se reencontrarem com os que tinham ido embora.
A ilha era o purgatório?
Não, a ilha não era o purgatório – pelo contrário, ela era o coração do planeta. “A luz que emana dentro da caverna brilha no coração de cada pessoa”, disse a mãe de Jacob em um dos últimos episódios da sexta temporada. Essa luz precisava de um protetor, que cuidasse para que ela nunca fosse apagada. Jacob assumiu esse papel após a morte de sua mãe e, posteriormente, Jack.
Já a fumaça negra representa tudo aquilo que há de ruim dentro das pessoas: ódio, rancor, mágoa. O maior objetivo dela era apagar a luz da ilha e colocar em ação seus planos de destruição. Quem impede que ela saia de lá e espalhe o mal pelo mundo é Jacob.
Por que eles se encontraram?
O que eles viveram durante os “flashsideways” foi uma realidade individual após a morte de cada um – o que ficou conhecido como “além-vida”. Era um local onde eles precisavam se encontrar para que pudessem enfrentar os problemas do passado e seguir seus caminhos.
Como Christian Shephard explicou: “Esse é um lugar que vocês fizeram juntos, para que pudessem se encontrar. Você precisa deles e eles precisam de você.” Jack pergunta: “Para quê?” e Christian responde: “Para esquecer e conseguir ir em frente”.
Este local também não tinha um lugar certo no tempo. Era uma junção de passado, presente e futuro. Os personagens morreram em épocas diferentes e em lugares diferentes, mas todos se encontraram naquele lugar.
Eles se reencontraram por terem criados laços importantes em vida – como o que passaram na ilha – e estão naquele lugar para lidar com problemas que viveram no passado.